A tempestade Ana alimentou os caudais dos rios Dão e Coja ao ponto de estar garantido o abastecimento de água à população.
Na região de Viseu, a tempestade Ana, que pelo país fora causou estragos imensos, foi uma mais valia, levando a Câmara de Viseu a cessar com o recurso a camiões-cisterna para transportar água, avança o jornal i.
Almeida Henriques, o autarca da Câmara Municipal de Viseu, explicou que já tinha sido reduzido o número de camiões-cisterna a fazer o transporte de água para garantir o abastecimento da população. “Entretanto, a barragem – sobretudo com a chuva que derivou da tempestade ANA – recuperou um pouco e estará até ao final da semana com cerca de meio milhão de metros cúbicos de água”.
A barragem em questão é a de Fagilde, principal fonte de abastecimento dos concelhos de Viseu, Mangualde e Nelas, e à qual também recorre o concelho de Penalva de Castelo. Esta barragem chegou a estar, na semana passada, com apenas 7,1% da sua capacidade total.
A chuva que caiu encheu os caudais dos rios Dão e Coja e, como explica o autarca, “seis horas de caudal dos rios permitem, neste momento, abastecer a ETA com uma capacidade que garante o fornecimento de um dia de água nestes territórios”.
Almeida Henriques recorda que a operação de transporte de água em camiões-cisterna envolve gastos de 20 mil euros diários, por isso “não faz sentido termos, neste momento, a matéria-prima para podermos fornecer água a estes quatro concelhos e continuarmos a gastar esse valor. É uma questão de economia”.
Mas o autarca faz a ressalva. “Aquilo que se fez não foi cancelar a operação, mas sim suspendê-la. Para já, não faz sentido gastarmos este dinheiro quando está a chover e quando tivemos uma recuperação do caudal da barragem. Por isso, o transporte fica em standby”.