O embaixador de Portugal na Ucrânia, Mário Santos, assegurou que os portugueses residentes em Kiev estão bem e que, para já, “não há nada a assinalar”.
Em declarações à TSF, Mário Santos explicou que na capital ucraniana “houve uma evolução negativa da situação”, que “está muito mais complexa”. O diplomata acrescenta que “há algum congestionamento, o metro não funciona, mas no resto da cidade, por enquanto, a vida continua”, aconselhando os portugueses a “não irem para a zona da Maidan”, a Praça da Independência, onde o caos está instalado.
Mário Santos afirma que já contactou os portugueses residentes em Kiev de que a embaixada tem conhecimento, e que “para já está tudo bem, não há nada a assinalar”. Os nacionais residentes nas outras cidades ucranianas também afirmam estar “tudo tranquilo”.
O diplomata espera que “haja a possibilidade de encontrar uma solução através do diálogo, porque é a única via para solucionar os problemas da Ucrânia. Esperamos que a razão se sobreponha”.
Ontem, em Kiev, pelo menos 27 pessoas foram mortas nos confrontos entre manifestantes e forças de segurança, além de mais de 200 feridos, entre os quais polícias e cinco jornalistas.
Dois líderes da oposição esperavam reunir-se ainda esta noite com o presidente Viktor Yanukovych, que até agora rejeita a renúncia reclamada pela oposição. Yanoukovitch acusa a oposição de “negligenciar o princípio da democracia onde o poder é obtido em eleições e não na rua”, referindo que foram “ultrapassados os limites” ao ser pedido à “população para pegar em armas”.
As manifestações começaram em novembro, quando o Viktor Yanukovych decidiu não assinar um acordo de cooperação com a União Europeia, trocando-o por uma aproximação económica com a Rússia. Rússia e União Europeia trocam acusações de interferência na política interna da Ucrânia.
Em janeiro, os protestos tornaram-se mais violentos, depois de o governo ter adotado novas leis com o objetivo de controlar as manifestações.
ZAP
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