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Casal raptado no Afeganistão regressou com três filhos nascidos em cativeiro

(dr) Twitter

A norte-americana Caitlan Coleman e o marido canadiano Joshua Boyle com os três filhos

O casal, sequestrado em 2012 no Afeganistão pelos talibãs, já está novamente em território canadiano. Os filhos nasceram todos durante o cativeiro e o pai admitiu que os talibãs mataram um dos filhos e que também violaram a mulher.

Esta sexta-feira, dois oficiais da segurança paquistanesa confirmaram que a norte-americana Caitlan Coleman e o seu marido Joshua Boyle, natural do Canadá, bem como os seus três filhos, deixaram a cidade de Islamabad a bordo de um avião.

Na quinta-feira, o exército paquistanês anunciou a libertação desta família, referindo na mesma ocasião que a operação de resgate tinha sido possível por causa de informações fornecidas pelos serviços de inteligência norte-americanos.

A família foi resgatada quando estava a ser transportada pelos insurgentes para uma zona tribal no Paquistão (Kurram), perto da fronteira afegã. De acordo com responsáveis locais, o exército paquistanês atirou aos pneus do carro que transportava a família e os sequestradores conseguiram fugiram a pé.

O casal foi raptado pela rede Haqqani (grupo armado aliado dos talibãs e responsáveis por vários ataques contra as forças estrangeiras e locais no Afeganistão), em outubro de 2012, quando faziam uma viagem de mochila às costas que passou pela Rússia, Cazaquistão, Tadjiquistão, Quirguistão e que os levou ao território afegão. Caitlan estava grávida quando foi sequestrada.

Este sábado, a imprensa avança que o casal está de volta ao Canadá e agora só quer um sítio seguro ao qual os filhos sobreviventes possam chamar de casa. De acordo com a agência Reuters, agora são só três mas já foram quatro crianças. O pai contou que os talibãs mataram um dos filhos e que também violaram a sua mulher.

“A estupidez e a maldade da rede Haqqani no sequestro de um peregrino foram eclipsadas pela estupidez e maldade de mandarem matar a minha filha bebé”, disse Boyle, lendo uma declaração, no Aeroporto Internacional Pearson de Toronto.

“E a estupidez e maldade da posterior violação da minha mulher, que não foi uma ação isolada de um militar, mas sim por ordem e observada pelo capitão da guarda, e supervisionada pelo comandante”, descreveu ainda.

O casal e dois dos seus três filhos tinham surgido em dezembro de 2016 num vídeo divulgado pelos insurgentes.

ZAP // Lusa

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