Os serviços secretos dos EUA contactaram os agentes para lhes transmitirem os indícios recolhidos e que apontavam para a existência de planos do Estado Islâmico para atacar no verão “zonas turísticas concorridas” de Barcelona.
A polícia da Catalunha recebeu um alerta da agência norte-americana de serviços secretos, CIA, a 25 de maio, sobre a existência de um plano do autodenominado Estado Islâmico para um atentado no verão, especificamente nas Ramblas (Barcelona).
O El Periódico de Catalunya escreveu, esta quinta-feira, que também a 25 de maio o Centro Nacional de Inteligência (CNI) e as forças de Estado informaram a polícia catalã.
Os serviços secretos dos Estados Unidos contactaram os agentes para lhes transmitirem indícios recolhidos pela Agência Central de Inteligência (CIA) sobre os planos do EI de atacar no verão “zonas turísticas concorridas” de Barcelona e “especificamente as Ramblas”.
O mesmo jornal diário tinha já dado essa informação a 17 de agosto, pouco depois do atentado na capital catalã, mas a notícia foi desmentida posteriormente por várias autoridades locais, incluindo o presidente da região, Carles Puigdemont.
As autoridades catalãs voltaram a negar esta quinta-feira que a CIA tenha avisado sobre um atentado planeado para Barcelona. No entanto, admitiram ter recebido dicas de fontes não consideradas credíveis.
O responsável pela administração interna regional catalã, Joaquim Forn, falou em conferência de imprensa dizendo que não recebeu qualquer aviso por parte da CIA ou do Centro Nacional Contra o Terrorismo, acrescentando que esses avisos foram feitos através de canais estatais.
No entanto, as autoridades admitiram ter recebido dicas para possíveis ataques vindas de outras fontes consideradas não credíveis. Joaquim Forn, acrescentou que os avisos foram transmitidos ao Estado pelo que o tema não foi levado às reuniões de avaliação porque não foi valorizado, apesar de ter sido feito um reforço de segurança nas Ramblas.
Espanha foi a meio deste mês alvo de dois ataques terroristas, em Barcelona e em Cambrils, na Catalunha, que fizeram 16 mortos, entre os quais duas portuguesas, e 125 feridos. Os ataques foram reivindicados pelo EI.
Segundo as autoridades espanholas, a célula responsável pelos ataques era constituída por 12 homens, oito dos quais foram abatidos e quatro detidos após os ataques. Dos quatro detidos, dois foram libertados condicionalmente e outros dois estão detidos sem fiança.
ZAP // Lusa
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