No primeiro semestre de 2017, a venda de imóveis aumentou cerca de 30%. Os investidores estrangeiros, o “boom” do alojamento local e a baixa remuneração dos depósitos bancários são alguns dos fatores que estão a ajudar esta subida.
Segundo o Diário de Notícias, a venda de imóveis aumentou 30% nos primeiros seis meses deste ano e, a manter-se este ritmo, 2017 será o melhor ano para o imobiliário desde 2010.
Os números finais só serão divulgados esta semana pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) mas o jornal apurou que serão à volta de 80 mil casas vendidas.
“Posso avançar que o primeiro semestre foi muito positivo, com um crescimento superior a 30%, acima daquilo que é a minha previsão para o total do ano – 25%-30%”, afirmou ao DN/Dinheiro Vivo o presidente da APEMIP, Luís Lima.
“Tenho algum receio em relação à segunda metade do ano, por causa do Orçamento, mas estou otimista, agora que foi criada uma nova Secretaria de Estado para a Habitação”, diz.
De acordo com o diário, esta subida pode ser explicada por uma maior procura de investidores estrangeiros (à boleia dos chamados vistos gold), pelo mais recente fenómeno provocado pelo “boom” do turismo – o alojamento local – e pela baixa remuneração dos depósitos bancários. Além disso, os bons números podem também ser explicados pelo aumento da concessão de crédito para comprar casa.
“O imobiliário é um setor que passa uma imagem de segurança. A compra de casa com capital próprio é um fenómeno a que já assistimos há cerca de um ano e que acredito que vai continuar a crescer a par do maior número de casas vendidas”, acrescenta Luís Lima.
Segundo o DN, outro dos fatores a destacar é que uma boa parte dos negócios está a ser feita a pronto, algo que só não tem mais dimensão, segundo o presidente da APEMIP, por “insegurança dos portugueses” mas que se vai intensificar nos próximos dois anos.