Televisão síria anuncia morte do líder do Estado Islâmico

(cv) The Telegraph

O líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi

A televisão estatal da Síria anunciou este domingo que Abu Bakr al-Baghdadi, líder da organização terrorista Estado Islâmico, foi abatido na sequência de uma operação aérea na cidade de Raqa.

A notícia da morte de Abu Bakr al-Baghdadi está a ser avançada pelo Daily Mail, que cita a televisão estatal síria, mas não foi confirmada nem pela agência de notícias Amaq, ligada ao EI, nem pela agência de notícias oficial da Síria, Sana, que noticiou este domingo que o exército sírio bombardeou vários postos militares de combatentes do EI em Raqa.

Segundo o Daily Mail, o terrorista mais procurado do mundo terá sido abatido num ataque aéreo das forças sírias, mas “os canais de informação do Estado Islâmico não confirmaram ainda a notícia”.

A Sana noticia este domingo que na sequência dos ataques das forças sírias vários radicais foram mortos ou ficaram feridos, e que as forças sírias que se encontram na cidade de Raqa estão a tentar confirmar a identidade de um dos mortos, mas não dá qualquer indicação de que Al-Baghdadi seja um dos mortos.

Não é a primeira vez que a comunicação social noticia a morte do líder do Estado Islâmico. Em abril de 2015, a agência iraquiana Waradana anunciou a morte de Al-Baghdadi, noticia que não foi oficialmente confirmada pelas autoridades iraquianas ou norte-americanas e viria a revelar-se mais tarde um pouco exagerada.

Também a própria Amaq anunciou em 2016 que o radical islâmico tinha sido morto durante um ataque aéreo, no quinto dia do Ramadão, notícia que mais tarde viria a ser desmentida.

Abu Bakr al-Baghdadi, 46 anos, é natural do Iraque e líder do Estado Islâmico desde 2013. A sua cabeça foi colocada a prémio pelos Estados Unidos, que oferecem uma indemnização de 10 milhões de dólares por informações que conduzam à sua captura.

Segundo diz Serguéi Seréguichev, especialista russo em questões do médio oriente citado pela RT, al-Baghdadi “é o pregoeiro das ideias do Califado e a sua cabeça falante, mas “não decide nada. É uma figura mediática que tem um cargo chamativo mas cujo objectivo é apenas attrair dinheiro de patrocinadores e cativar jovens para as suas fileiras”.