Descoberto lendário tesouro perdido no século XVI no fundo de rio chinês

Arqueólogos chineses descobriram um tesouro no fundo do rio Min, no centro do país, que suspeitam pertencer a um antigo líder de uma rebelião, cuja frota se afundou durante uma batalha, informou esta sexta-feira a agência oficial Xinhua.

O tesouro inclui mais de 30.000 objetos, entre os quais mais de 10.000 moedas de ouro e prata, assim como joias, peças de porcelana, armas e objetos de uso quotidiano.

Os objetos foram encontrados no fundo do rio Min, um dos maiores rios da província central de Sichuan, e “pertencem ao período médio da dinastia Ming”, assinalou o diretor do Património Cultural de Sichuan, Gao Delun, citado pela Xinhua.

Os especialistas que anunciaram a descoberta afirmam tratar-se de objetos que pertenciam ao famoso Zhang Xianzhong (1606-1647), antigo líder de uma revolta camponesa contra o império dos Ming, cuja frota foi derrotada e afundada naquele rio, quando tentava fugir com mais de mil embarcações.

A lenda conta que Zhang, que chegou a conquistar Sichuan e a proclamar-se rei daquela região, tentava fugir com as suas riquezas para o sul da China, mas foi travado pelo exército real, que afundou a sua frota em 1646.

A descoberta parece confirmar aquela lenda.

O tesouro poderá ser maior do que o reportado até agora, já que os responsáveis pelas escavações só examinaram cerca de 2% do terreno onde foram encontrados os objetos.

As escavações no local tiveram início em fevereiro, depois de em outubro do ano passado a polícia de Sichuan ter desmantelado uma operação de tráfico ilegal de relíquias na região de Jingkou.

Segundo o jornal local Global Times, a operação levou à detenção decorreu durante dois anos, envolveu a investigação de 328 casos e levou à detenção de 77 pessoas.

A grande quantidade de artefactos, jóias e peças de ouro traficadas na região nos últimos meses provavam, segundo o jornal, que a lenda de Zhang Xianzhong era verdadeira – e que alguém já teria encontrado o local onde o tempo guardava o seu tesouro.

ZAP // Lusa

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