“América primeiro”: Donald Trump já é Presidente dos EUA

O multimilionário tomou posse esta sexta-feira como novo Presidente dos Estados Unidos, numa cerimónia pública junto ao Capitólio, em Washington.

A cerimónia de tomada de posse de Donald Trump como 45.º presidente dos Estados Unidos começou hoje às 11h30 locais, 16h30 em Lisboa, no Capitólio, em Washington.

Centenas de milhares de pessoas assistiram à cerimónia, na qual participaram nomeadamente os ex-presidentes vivos Jimmy Carter, Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama, estando apenas ausente George H.W. Bush, hospitalizado esta semana.

Trump e a mulher Melania estiveram na Casa Branca com o casal Obama, onde os dois líderes tiveram uma última reunião. Antes, o chefe de Estado cessante deixou, na Sala Oval, uma carta para o seu sucessor.

Seguiu-se a viagem até ao Capitólio, sede do Congresso norte-americano, com os dois Presidentes a seguirem num carro e as duas primeiras damas juntas numa outra viatura.

Momentos antes da tomada de posse, as televisões mostravam o sentimento de revolta vivido nos Estados Unidos. Vários manifestantes, vestidos totalmente de preto e envergando bandeiras pretas, protestaram contra o novo Presidente nas ruas de Washington.

Alguns ativistas foram filmados a partir montras e a destruir caixotes do lixo, o que levou à intervenção imediata da polícia.

Os manifestantes transportavam uma grande faixa que exibia a frase “Make Racists Afraid Again” (Façam que os Racistas voltem a ter medo). Muitos entoavam frases a insultar Donald Trump.

“América Primeiro”

Trump prestou juramento como 45.º Presidente dos EUA, usando duas Bíblias: uma oferecida pela sua mãe e a que Abraham Lincoln usou na sua posse, há 150 anos.

O povo foi o destinatário do seu primeiro discurso, durante o qual prometeu devolver o poder às pessoas. “Hoje, não estamos só a transferir poderes”, frisou.

“Estamos a retirar o poder de Washington para o devolver ao povo”, acrescentou, reconhecendo que, “durante demasiado tempo” o poder esteve nas mãos de “um pequeno grupo” na capital federal.

“20 de janeiro de 2017 será lembrado como o dia em que o povo voltou a ser quem manda neste país. Os homens e mulheres esquecidos não voltarão a ser esquecidos“.

Prometendo que vai liderar um “esforço nacional para reconstruir o país e recuperar a esperança para o povo”, agradeceu a Barack e Michelle pelo apoio na “transição pacífica”.

Com um tom nacionalista, Trump criticou o facto dos EUA terem defendido as “fronteiras dos outros” e de se terem gasto “milhões e milhões fora do país”.

“A riqueza da nossa classe média foi retirada e redistribuída por todo o mundo”, anunciando que “agora olhamos só para o futuro”.

“Uma nova visão vai governar a nossa terra. Vai ser sempre a América primeiro“, afirmou.

Além disso, focou o combate ao terrorismo. “Vamos reforçar as velhas alianças e formar novas. E unir o mundo civilizado contra o terrorismo do radicalismo islâmico, que vamos erradicar por inteiro da face da terra“.

A cerimónia terminou com o hino nacional norte-americano, cantado por Jackie Evancho, de 16 anos.