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Esquerda está contra proposta do Governo sobre redução da TSU

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António Cotrim / Lusa

O Bloco de Esquerda e o Partido Comunista consideram “inaceitável” a proposta do Governo sobre uma possível descida da TSU para os empregadores como contrapartida do aumento do salário mínimo para 557 euros em janeiro do próximo ano.

Os partidos de esquerda estão contra a proposta que o Governo pôs em cima da mesa, no início desta semana em concertação social, como contrapartida do aumento do salário mínimo para 557 euros em janeiro.

Em causa está a possível descida da Taxa Social Única (TSU) para os empregadores, nomeadamente, um desconto de um ponto percentual.

Em declarações ao Expresso, José Soeiro, deputado do BE, considera que “não se deve fazer esse aumento à custa de um desconto na Segurança Social”.

É inaceitável que seja o Orçamento do Estado a ter de pagar o ponto percentual que foi lá negociado. Estamos em profundo desacordo com isso, que sejam dinheiros da Segurança Social a alimentar, mais uma vez, o lucro dos patrões”, disse por sua vez o líder comunista Jerónimo de Sousa.

“Achamos muito mal que o caderno de encargos apresentado na concertação social por parte do patronato praticamente tenha sido [todo] preenchido. A resposta ficou por ser dada aos trabalhadores e suas organizações”, lamentou ainda ao semanário.

O Governo também propôs que, depois do aumento em janeiro, a atualização do salário mínimo nacional seja feita de forma semestral.

“Preferimos que o aumento seja feito no início de cada ano”, defendeu Soeiro, mas relembrando que para o Bloco o importante é que, até ao final da legislatura, o salário mínimo chegue mesmo aos 600 euros.

“A proposta do Governo é fiel, não viola o acordo e não põe em causa o aumento de até 600 euros até ao fim da legislatura”, diz.

Do lado dos comunistas, o objetivo principal também passa por chegar a esse número.

“A luta pelos 600 euros de salário mínimo é uma luta para continuar, porque não se esgota em relação a qualquer acordo, entendimento ou posicionamento, seja do Governo, seja de forças sociais”, declarou o secretário-geral do PCP.

A proposta formalizada pelo executivo socialista também não agradou a patrões nem a sindicatos, pelo que está agendada uma nova reunião para esta quinta-feira.

ZAP

2 Comments

  1. Já se sabe… Para a Esquerda nem deveriam existir empresas privadas. Só haviam trabalhadores e empresas públicas.

    Quer dizer, o Governo anuncia uma medida boa para os trabalhadores e outra boa para as Empresas, e a dos trabalhadores não é boa que chegue… Enquanto a das empresas é boa demais.

    Isto é tudo um asco… É a Direita a tentar vender o país a privados, com os contribuintes a pagar os lucros e os prejuizos de negócios mals geridos. A Esquerda a tentar que só haja direito a ser trabalhador. Empreendedorismo privado… Kaput!

  2. Esquerda ou extrema-esquerda? Qualquer das maneiras vão ter que engolir mais um sapo, ou acabam por acordar ou abster-se e deixar rodar a geringonça e tudo isto vai acabar por provar que as vossas promessas eleitorais eram desprovidas de calculo e certezas e como não é possível fazer omeletes sem ovos para as continuarem a fazer vão ter que roubar de um lado para remendar noutro como em tudo que têm feito até aqui.

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