Os migrantes do campo de refugiados de Moria, em Lesbos, Grécia, incendiaram esta sexta-feira o local depois da morte de uma mulher e do filho, na sequência de uma explosão de uma bilha de gás na sua tenda.
Informações iniciais avançadas pela agência noticiosa francesa AFP davam conta apenas da morte da mulher, carbonizada, e que três crianças teriam ficado gravemente feridas.
Segundo notícias recentes, para além da morte da mulher e do seu filho, registaram-se ainda ferimentos graves em outras três crianças, que se encontravam igualmente na tenda, onde a mulher que morreu carbonizada se encontrava a cozinhar.
A Associated Press (AP), no entanto, diz que os feridos são apenas dois e que apenas um deles seria uma criança. As duas pessoas foram, segundo a AP, hospitalizadas com queimaduras graves.
Na sequência desse incidente, os migrantes incendiaram o local, provocando danos consideráveis.
Outras 10 pessoas foram levadas para o hospital de Lesbos com queimaduras menores e um número indeterminado foi tratado por intoxicação de fumo. Os bombeiros chegaram rapidamente ao local para controlar o incêndio.
Segundo a AP, os migrantes entraram em confronto com a polícia durante a evacuação do campo.
“Estou chocado, como todos os gregos, devido a este trágico incidente”, declarou o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, num comunicado, onde transmite os pêsames às famílias das vítimas e promete que o governo vai “intensificar os esforços pela segurança e qualidade de vida” nos campos.
Os incidentes têm sido recorrentes nos últimos meses nos campos de refugiados nas ilhas gregas, onde se aglomeram cerca de 16.000 migrantes, ainda que a capacidade dos campos seja de 7.500 lugares.
Incidentes graves ocorreram em Moria em setembro, quando uma parte do campo foi destruída por fogo posto que levou os seus 5.000 ocupantes a fugir durante a noite, regressando dias depois.
Na passada sexta-feira um cidadão sírio foi ferido na cabeça por uma pedra arremessada por um desconhecido, na ilha de Chios, onde durante três dias os incidentes se sucederam entre refugiados e residentes.
ZAP / Lusa
Como se não bastasse o problema dos gregos ainda vêm estes causar mais complicações. Isto está a tornar-se uma Eurábia.