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Leonard Cohen morreu durante o sono depois de uma queda

Takahiro Kyono / Wikimedia

Leonard Cohen em Odense, na Dinamarca, 17 de Agosto de 2013

Leonard Cohen em Odense, na Dinamarca, 17 de Agosto de 2013

O agente de Leonard Cohen, Robert Kory, revelou ao New York Times que o cantor canadiano morreu na noite de 7 de Novembro, “durante o sono”, depois de ter sofrido uma queda em casa.

A morte “foi repentina, inesperada e pacífica”, destacou Kory ao jornal norte-americano.

Cohen enfrentava uma dura batalha contra o cancro, mas não terá havido qualquer relação direta entre a doença e a sua morte.

O músico e poeta canadiano morreu aos 82 anos, na passada segunda-feira, na sua casa em Los Angeles. No entanto, a sua morte só foi noticiada na quinta-feira seguinte, pelo seu agente – através da página de Facebook de Cohen.

“É com profunda tristeza que informamos que o poeta, compositor e artista lendário Leonard Cohen morreu”, escreveu o seu agente. “Perdemos um dos visionários mais prolíficos e respeitados do mundo da música”.

O músico festejou a 21 de setembro os seus 82 anos com um novo álbum, “You Want It Darker“, o 14.º da sua carreira, no qual refletia sobre sua própria mortalidade e se interrogava sobre a natureza do homem e de um Deus todo-poderoso.

Leonard Cohen estava ainda a trabalhar em dois outros projetos musicais e num livro de poesia.

“Ele sentiu que a janela estava a ficar mais estreita. E queria ser o mais produtivo possível para terminar o trabalho a que era tão dedicado”, disse Patrick Leonard, um produtor e compositor que colaborou com o músico nos seus últimos três álbuns.

Considerado um dos mais importantes nomes da música popular do século XX, Cohen acompanhou sempre a música com a literatura, a sua grande paixão, que começou aos 16 anos, quando escreveu os seus primeiros poemas.

O cantor canadiano escreveu músicas simbólicas da sua geração – incluindo “Hallelujah”, “Suzanne” e “So Long Marianne”.

Em 2011 foi distinguido com o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras pelo “imaginário sentimental” da escrita e da música, justificou o júri.

No mesmo ano, foi galardoado com o 9.º Prémio Glenn Gould, atribuído de dois em dois anos a artistas que contribuam para enriquecer a condição humana e representem os valores da inovação, inspiração e transformação.

Cohen foi precedido na morte, em julho, por Marianne Ihlen, a norueguesa com quem viveu e que inspirou a música “So Long, Marianne”.

Numa carta para Ihlen revelada por um amigo, Cohen declarou o seu “amor sem fim” por ela, escrevendo: “Acho que vou seguir-te muito em breve”.

ZAP / Lusa

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