///

Mirós vão ficar para sempre em Serralves

1

José Coelho / Lusa

O presidente Marcelo Rebelo de Sousa com o comissário da exposição, Robert Lubar Messeri, e os primeiros-ministros Mariano Rajoy e António Costa

O presidente Marcelo Rebelo de Sousa com o comissário da exposição, Robert Lubar Messeri, e os primeiros-ministros Mariano Rajoy e António Costa

A exposição da coleção Miró na Fundação Serralves, no Porto, foi inaugurada esta sexta-feira à tarde. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Primeiro-Ministro português, António Costa, e o homólogo espanhol deste, Mariano Rajoy, presidiram à cerimónia que chamou centenas de personalidades, ligadas à cultura, à política e à cidade invicta.

No final da cerimónia oficial coube ao presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, dar outra notícia positiva para o município e, em especial, para Serralves: as 85 obras (estão ali já expostas 77) da coleção que fazia parte do espólio do BPN e que quase foi vendida em 2013 num leilão em Londres, pela Christie´s, vão ficar para sempre na Fundação.

“Não ficariam em melhor lugar do que aqui na casa de Serralves. Com a pronta concordância da Fundação, posso agora revelar que este novo pólo cultural do município ficará instalado nesta casa maravilhosa e queria também dizer que o senhor arquiteto Siza Vieira já aceitou o encargo de transformar esta casa de tal forma que esta coleção possa ficar aqui de forma permanente”, garantiu Rui Moreira em conferência de imprensa.

A coleção, que agora pertence ao Estado Português, é composta por obras entre os anos de 1924 até 1981, nas quais se encontram quadros, desenhos, seis tapeçarias de 1973, uma escultura, colagens, uma obra da série ‘Telas queimadas’ e várias pinturas murais.

A coleção, da autoria do pintor surrealista e escultor catalão Joan Miró, iria ser vendida em Londres pelo mínimo de 35,5 milhões de euros.

Representantes satisfeitos com destino das obras

“Meu caro Mariano muito bem-vindo e podes ficar descansado que a obra de Miró está bem entregue”, disse António Costa a Rajoy durante o discurso, garantindo que os quadros “ficarão na propriedade do Estado”.

“Espanha não se pode entender a si própria sem a sua relação com Portugal”, assumiu o primeiro-ministro espanhol. Mariano Rajoy disse ainda que a exposição representa “um dos maiores acontecimentos culturais deste ano na Europa”.

Marcelo Rebelo de Sousa também se mostrou agradado com a escolha do local para receber a exposição ‘Joan Miró: Materialidade e Metamorfose’, comissariada por Robert Lubar Messeri e com projeto do arquiteto Álvaro Siza Vieira, que estava inicialmente prevista para estar patente só até 28 de janeiro de 2017.

“Onde melhor deveria ser patenteada esta exposição, testemunho de criatividade e comunismo, tão definidores desse sonho sempre renovado que é Serralves?”, rematou o Presidente da República.

Bom Dia

1 Comment

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.