O corretor da Dif Broker, Pedro Lino, compara a situação do banco alemão com a do Lehman Brothers – cuja queda esteve na origem da crise financeira mundial em 2008 – e sublinha que, se o Deutsche Bank cair, “será o fim do Euro”.
Segundo Pedro Lino, o banco alemão enfrenta milhares de milhões de euros em multas decretadas pela justiça norte-americana, algo que preocupa os investidores.
Essa preocupação fez com que esta quinta-feira, ao fim da tarde, alguns fundos de investimento tenham começado “a cortar a sua exposição ao Deutsche Bank e a diminuir as suas transações”, destacou o corretor, citado pela Renascença.
Pedro Lino fez um paralelismo com a falência do Lehman Brothers, em 2008, que originou a crise financeira mundial.
“É um momento muito similar ao do Lehman Brothers, há 8/10 anos, porque a sua queda também começou assim, com os clientes a cortar a sua exposição ao banco”, afirmou.
Deputados não querem contribuintes a salvar o Deutsche Bank
Apesar da situação trágica do Deutsche Bank na Bolsa de Frankfurt, o governo e os principais grupos parlamentares não apoiam uma operação de salvamento com dinheiro público.
“De momento, eu excluiria qualquer ajuda [pública]. Seguir por aí não seria o caminho certo“, afirmou Eckhardt Rehberg, porta-voz da CDU (partido da chanceler Angela Merkel) na comissão parlamentar de Orçamento.
Já a opinião de Norbert Spinrath, deputado do SPD, parceiro júnior na coligação governamental, não foi tão decisiva.
“O ambiente é complexo. Teremos de o perceber melhor”, disse.
Segundo a Reuters, a chanceler também já negou que o Governo esteja a ponderar uma repetição dos salvamentos financiados pelos contribuintes que a Alemanha, e outros países ocidentais, montaram durante a crise financeira global.
A relutância dos deputados parece dever-se ao facto do Deutsche ser “um grupo financeiro mal-amado entre os alemães e à proximidade das eleições federais”, destacou a agência de notícias britânica.
Ações do Deutsche Bank pela primeira vez abaixo de 10 euros
As ações do Deutsche Bank caíram, esta sexta-feira, mais de 8% na Bolsa de Frankfurt e desceram pela primeira vez para níveis abaixo dos 10 euros, pressionadas pelos debates acerca da atual situação da instituição.
Segundo analistas citados pela Efe, a queda dos ‘papéis’ do maior banco alemão deve-se a informações difundidas pela agência Bloomberg que afirmam que alguns fundos de capital de risco estão a retirar capital da instituição.
A cotação do Deutsche Bank já caiu 58% desde o início do ano.
O presidente do Deutsche Bank, John Cyran, pediu tranquilidade aos trabalhadores do banco e desvalorizou aquelas notícias.
“Em alguns meios podem-se ler rumores acerca de que alguns fundos de capital de risco nos abandonaram. Isso gera, sem razão, intranquilidade”, afirmou Cyran.
“Temos que considerar todo o panorama do banco, o Deutsche Bank tem mais de 20 milhões de clientes. Continuem a trabalhar como até agora, somos e continuaremos a ser um banco forte“, adiantou.
As ações do banco começaram a desvalorizar-se fortemente em meados deste mês na sequência do pedido da justiça norte-americana de uma multa recorde de 14 mil milhões de dólares para saldar o litígio imobiliário desencadeado no início da crise financeira em 2008.
O Deutsche Bank é acusado, como outros grandes bancos, de ter vendido a investidores antes do início da crise financeira de 2007/08 empréstimos hipotecários residenciais, que são créditos convertidos em produtos financeiros, sabendo que os mesmos eram tóxicos.
A denominada ‘titulação’, tática utilizada abundantemente pelos grandes bancos para converter carteiras de empréstimos em títulos financeiros que cedem depois nos mercados, é considerada a responsável pelas perdas registadas em 2008 por numerosos investidores, incluindo os que compraram os títulos associados às famosas “‘subprimes'”.
ZAP / Lusa
O que é um banco?
É uma empresa que compra e vende dinheiro. Quando não vende o suficiente para ter lucro ou para pagar os prejuízos e manter a “bonne vivance” e mordomias dos dos seus administradores e empregados, então inventa custos para comissionar/sugar nas contas dos clientes.
É uma empresa que gosta de ser privada, mas que quando está aflita e em risco de falência é socorrida pelo Estado e alavancada com o dinheiro dos contribuintes – sejam eles clientes ou não.
É uma empresa que gosta de ser privada e impor as suas regras porque tem o poder do dinheiro.
É uma empresa privada, e por isso, quando o seu cliente está em dificuldade e não pode contar com ajuda do Estado, então o banco é implacavel e tira a casa, o carro, a dignidade e até a esperança, pois não tem memória nem gratidão do dia em que o cliente foi obrigado por lei a ajudar a manter-lhe a porta aberta
E pensar que o Lehman Brothers foi construído por gente decente, nunca entrando nos esquemas mafiosos, especulativos, etc. É verdade, por incrivel que pareça, quando o ultimo senhor Lehman morreu,em 1977, a corja de Wall Street, a mesma escumalha do capitalismo selvagem ultraliberal, gentinha nojenta da direita, que também domina o Goldman Sachs, ficou a tomar conta do Banco Lehman. Instauraram práticas mafiosas e viu-se o resultado. Rebentaram com o Mundo. O Goldman Sachs manteve-se porque a corja politiqueira ultraliberal americana estava lá entranhada em força, até ao “tutano”.
Quanto ao Deutsche Bank, é igualmente escumalha ultraliberal que comanda esta Europa, muitos dos seus responsáveis fizeram “escola” no Goldman Sachs, apostaram na especulação, nos produtos tóxicos, etc e, estamos a ver a “linda obra” que aí vem. Levámos com a crise de 2008, cujos efeitos, embora mais tenues, ainda se fazem sentir e vamos ver se já não vamos levar com outra crise em cima, provocada por esta trampa de gente ultraliberal. É esta gente que suga povos inteiros, que se marimba para os pobres, que querem derreter os Estados Sociais e eliminar governos de países que não sejam da “sua côr”, etc. É esta direita ultraliberal para quem a unica ideologia parece ser a ganância absoluta, numa lógica de capitalismo selvagem, sem um minimo de respeito pela dignidade humana.
´Mais uma vez, repito, que façam como na Islândia!
OS RESPONSÁVEIS TODOS PRESOS!!!! ZERO DINHEIRO PARA ESSES LADRÕES USURÁRIOS. Logo viam se não aprendiam!!!
Pois Pois agora que isto do €uro começa a dar para o torto e a Alemanha está bem da vida com grande poder económico e sem desemprego, porém com uma grande vaga de migrantes (o que até é bom para o trabalho precário) está na altura de começar a pensar a fechar a loja. Aposto que serão os primeiros ratos a abandonar o barco, tirando os ‘bifes’ que viram a marosca e já se baldaram. Muitos outros a viram mas estão na ganaancia de mamarem até ao fim, curioso é que os vermelhos há uns anos que andam a avisar sobre isto ainda vou ver muita rosa e laranja a dizer mal do euro
Porque é que quando a Banca tem lucros estes são distribuídos pelos accionistas
e quando tem prejuízos estes têm que ser suportados pelos cidadãos contribuintes?
Se o Deutsche Bank cair é o fim do Euro, diz alguém. Mas o Lehman Brothers caiu e não foi o fim do Dólar!!!
Agora os senhores do dólar têm um medo terrível que o Euro faça sombra ao dólar!
E que uma Federação Europeia faça sombra aos EUA. Que um banco europeu tenha culpa da crise americana de 2008, se for verdade, então ainda é mais certo que um banco americano é que tem culpa da crise europeia.
Ainda há ingénuos que não percebem isto!!!!!
Eles sao ” a gang of banksters”
Eu acho que sim, se não tem capacidade para funcionar… fecha… Se a empresa onde trabalho não tiver capacidade de subsistência, fecha, vamos todos para a rua e ninguém tem pena de nós nem nos vem socorrer… Concordo com o Manecas… distribuir os lucros pelos clientes pelo menos…