Está oficialmente confirmado: foram encontrados os destroços do H.M.S. Terror, barco que desapareceu há 168 anos no Árctico, no âmbito da chamada expedição amaldiçoada de John Franklin.
Os destroços do navio desaparecido em 1848 foram encontrados no passado dia 3 de Setembro, após uma pesquisa da agência governamental Parks Canadá, da Guarda Costeira canadiana e da Fundação Arctic Research, com a colaboração de outras entidades governamentais e de elementos da comunidade Inuit (um dos povos aborígenes do Canadá).
Mas a confirmação oficial de que estamos mesmo perante o H.M.S. Terror, um dos dois navios desaparecidos na expedição britânica pelo Árctico liderada pelo explorador John Franklin, só chega agora.
“A equipa de arqueologia subaquática Parks Canadá tem o orgulho de confirmar que o destroço localizado na Baía do Terror, no lado sudoeste da Ilha do Rei William, em Nunavut [no norte do Canadá], é o H.M.S. Terror”, anuncia a agência governamental canadiana, conforme cita o Global News.
Os investigadores encontraram o Terror após uma dica de um caçador Inuit que viu um mastro a sair para fora do mar de gelo.
O barco estava a 24 metros de profundidade e só foi encontrado graças a um sonar especial e depois de várias imersões em condições meteorológicas complicadas e em situação de visibilidade muito reduzida.
Os restos do primeiro navio da mesma expedição, o H.M.S. Erebus, foram detectados em 2014, a cerca de 50 quilómetros do local onde agora foi encontrado o Terror.
O governo canadiano está agora a negociar com o homólogo britânico, o proprietário por direito dos destroços, a posse dos mesmos, com o intuito de os preservar.
Os dois barcos da expedição de John Franklin afundaram-se no Árctico em 1848, presumivelmente depois de terem ficado presos no gelo.
Os cerca de 129 tripulantes ainda abandonaram os navios e tentaram chegar a terra, mas terão todos morrido vítimas do frio, da fome e do envenenamento por chumbo da comida enlatada, conforme apurou uma investigação feita por cientistas canadianos.
A expedição procurava a chamada Passagem do Noroeste, a ligação marítima entre o Ártico e a Ásia.
ZAP