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Acionistas do BPI aprovam desblindagem dos estatutos

Fernando Veludo / Lusa

Fernando Ulrich, CEO do BPI, acompanhado pelo chairman do banco Artur Santos Silva, na Assembleia geral de acionistas do BPI

Fernando Ulrich, CEO do BPI, acompanhado pelo chairman do banco Artur Santos Silva, na Assembleia geral de acionistas do BPI

Os acionistas do BPI aprovaram esta quarta-feira a desblindagem dos estatutos do banco, com a abstenção de Isabel dos Santos. OPA do Caixabank pode finalmente avançar.

Pouco mais de uma hora depois da Assembleia Geral do BPI ter começado, chega a confirmação de que os acionistas aprovaram a proposta de desblindagem dos estatutos do banco.

À terceira tentativa, o banco consegue então pôr fim à limitação dos direitos de voto e abre caminho para a OPA (Oferta Pública de Aquisição) lançada pelo Caixabank.

Segundo a agência Lusa, foram votadas as duas propostas que estavam em cima da mesa para alteração dos estatutos do BPI – a do acionista Violas Ferreira e a do Conselho de Administração do banco – sendo que esta última foi votada “à condição” de a ‘holding’ Violas Ferreira retirar a providência cautelar que tinha apresentado para tentar travar a desblindagem.

De acordo com um dos acionistas, em declarações ao Público, Isabel dos Santos absteve-se, o que permitiu a aprovação do fim da limitação dos direitos de voto.

O banco espanhol é neste momento o maior acionista do BPI, detendo cerca de 46%, enquanto que a Santoro, da filha do Presidente angolano, tem apenas 18,6%.

Segundo o mesmo jornal, a abstenção de Isabel dos Santos só foi possível graças à proposta lançada ontem pelo BPI.

O comunicado informa que o banco liderado por Fernando Ulrich propôs a venda de 2% do capital do Banco do Fomento de Angola à Unitel, empresa controlada pela angolana, ficando a ter a maioria do capital dessa instituição.

Para isso, o BPI receberia 28 milhões de euros e a garantia de que a angolana deixaria passar a desblindagem de estatutos do BPI.

ZAP / Lusa

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