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Costa Rica esteve dois meses e meio a viver só com energias renováveis

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Gustavo Gargioni/ Especial Palácio Piratini

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A Costa Rica esteve quase 80 dias seguidos a consumir apenas energia de fontes renováveis,

Este sábado, a empresa de eletricidade da Costa Rica anunciou que no país, desde 16 de junho até ao inicio deste mês, não foi consumido um kilowatt de energia que dependesse de combustíveis fósseis.

Em agosto, as necessidades energéticas alimentaram-se principalmente de energia hidráulica (80,27% do total), centrais geotérmicas (12,62%), turbinas de vento (7,1%) e energia solar (0,01%). No mês anterior, 59,1% da energia tinha sido produzida por turbinas de vento.

Em 2015, a Costa Rica passou 299 dias sem queimar petróleo, carvão ou gás natural, depois de um grande investimento por parte do Governo, e já esteve 150 dias a funcionar só com energias renováveis em 2016.

Com cerca de metade do território e da população portuguesa, a Costa Rica é também um país com recursos naturais favoráveis, como grandes períodos de chuva e uma temperatura de solo bastante alta devido à atividade vulcânica.

Para os bons resultados conseguidos contribui ainda o facto de a Costa Risca ter como principais indústrias o turismo e a agricultura, duas atividades que não necessitam de tanta energia.

Ainda este ano vai ser terminada uma central geotérmica que terá a capacidade de gerar 305,5 megawatts, o suficiente para alimentar 525 mil casas, de acordo com o Mashable.

Em maio deste ano, a EDP anunciou que durante 107 horas (cerca de quatro dias) Portugal esteve a consumir energia elétrica produzida exclusivamente com energias renováveis.

ZAP

2 Comments

  1. Isto é que são investimentos sérios e inteligentes, que permitem baixar a fatura que o País paga (em combustíveis fosseis).
    Já tivemos um governo que apostou forte nesta area, absolutamente estratégica, onde chegámos a ser, num contexto europeu, uma referencia.
    Infelizmente, os “adoradorres da austeridade” decidiram que era um projecto sem interesse e abandonara-no. Resultado, os alemães agradeceram e “absorveram” o que de bom estava a ser feito nesta area. Nós, recuamos no tempo!

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