O presidente da Câmara de Matosinhos disse hoje à Lusa que os prejuízos provocados pelo temporal no concelho rondam os quatro milhões de euros, dos quais três milhões são da responsabilidade do município.
“Do ponto de vista municipal são cerca de três milhões, a que se soma um milhão de euros de prejuízos de privados, o que significa que é um montante muito apreciável”, sublinhou Guilherme Pinto.
O autarca disse à Lusa que vai pedir o apoio do Governo para fazer face aos prejuízos provocados pela intempérie de há cerca de uma semana, tal como aconteceu em outros municípios da região que sofreram problemas idênticos.
Contudo, Guilherme Pinto referiu que a “determinação da câmara é repor os activos que tinha, para voltar a pô-los ao serviço da população o mais depressa possível”.
“Queremos ser tratados da mesma forma que todas as outras zonas que foram afectadas pelo temporal, sendo certo que se ajuda for diminuta, a Câmara quer ver se consegue resolver o problema pelos seus próprios meios recorrendo ao endividamento”, disse o autarca.
Neste momento, com as novas regras, “já sabemos qual é a nossa capacidade de endividamento, mas não gostaríamos de a gastar numa situação destas que penso que tem toda a justificação para ter um apoio de emergência por parte do Governo”, acrescentou.
“Os 300 milhões que foram anunciados pelo Governo é dinheiro que se aplica ao país todo, mas, independentemente de obtermos esse apoio, já estamos a iniciar os procedimentos para recompor ou refazer aquilo que são os principais prejuízos que tivemos”, frisou Guilherme Pinto.
Segundo a estimativa orçamental sobre os danos da tempestade Hércules no município de Matosinhos, a que a Lusa teve acesso, os danos mais elevados, superiores a um milhão de euros, registaram-se na orla costeira.
Houve também danos consideráveis em edifícios avaliados em cerca de 912 mil euros, nas vias municipais (cerca de 480 mil euros), na frota municipal (18 mil euros) e em diversas infraestruturas (320 mil euros). Nos apoios de praia, os prejuízos rondam um milhão de euros.
/Lusa