António Marinho e Pinto, ex-bastonário da Ordem dos Advogados e líder do Partido Democrático Republicano (PDR), anunciou esta quinta-feira a suspensão dos militantes suspeitos de rapto e homicídio do empresário João Paulo Fernandes.
A decisão foi tomada pela comissão política do PDR, depois da qual Marinho e Pinto garantiu que o seu partido não “enterra a cabeça na areia” depois de tudo o que tem sido noticiado.
“O princípio da presunção de inocência não se aplica na política. Todos devem estar acima de qualquer suspeita “, justificou Marinho e Pinto, no final da reunião da Comissão Política do Partido, que decorreu na manhã desta quinta-feira.
No total, quatro membros do PDR foram detidos no âmbito da Operação Fireball, incluindo Pedro Bourbon, vice-presidente do partido e amigo de Marinho e Pinto. O ex-bastonário da Ordem dos Advogados recusou comentar se acredita ou não na sua inocência. “Aquilo em que eu acredito fica comigo“, disse.
O líder do PDR anunciou que todos os suspeitos serão “expulsos do partido” se forem dados como culpados ou “reintegrados” se forem inocentados, sublinhando que todo o processo “não atingiu o partido”.
“Assim como os familiares dos autores dos crimes não podem ser responsabilizados, os partidos e instituições não podem ser atingidos”, ressaltou.
Em declarações ao Sol, Marinho e Pinto já tinha antes afirmado que “o partido não tem nada a ver com isso, tal como o PS não teve nada a ver com José Sócrates, nem o PSD a ver com Duarte Lima”.
O líder do PDR deixou ainda uma palavra de solidariedade às famílias da vítima e dos suspeitos.
ZAP