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Gaia: PS junta-se a independente José Guilherme Aguiar

Bruno Santos / wikimedia

Eduardo Vítor Rodrigues, novo presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, eleito pelo PS

Eduardo Vítor Rodrigues, novo presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, eleito pelo PS

O PS de Gaia assinou hoje um acordo de compromisso com o movimento independente ‘Juntos por Gaia’, de José Guilherme Aguiar, para assegurar a governabilidade da câmara, conseguindo assim o executivo PS / Aguiar juntar oito vereadores contra os três eleitos pelo PSD/CDS.

“É absolutamente inviável e impossível que haja qualquer acordo com o PSD atual de Vila Nova de Gaia e com os vereadores que o representam na câmara municipal”, garantiu hoje o presidente eleito, o socialista Eduardo Vítor Rodrigues.

A 29 de setembro o Partido Socialista não conseguiu a maioria absoluta em Gaia, tendo eleito apenas 5 mandatos, contra 6 da oposição (3 pela coligação PSD/CDS e 3 pelos independentes liderados por Guilherme Aguiar).

Para “garantir condições de governabilidade”, e ultrapassar a falta de maioria absoluta, o PS assinou hoje um compromisso com os independentes que terão agora direito a pelouros na vereação, não estando ainda distribuídas as pastas.

“Neste momento o que temos é um acordo programático. Amanhã [sexta-feira] encerraremos o processo que não implicará pelouros para todos os vereadores da lista de Guilherme Aguiar, implicará para alguns e implicará responsabilidades, isso sim, políticas e de empenho e de envolvimento no projeto autárquico de Gaia”, explicou o autarca que já em campanha assumiu que ficaria com os pelouros da educação e ação social.

 

Também Guilherme Aguiar, que encabeçava o movimento independente, espera que “a solução do presidente abarque soluções que constituam mais-valia”, lembrando que por já ter desempenhado funções em Gaia existem “áreas de intervenção” em que está “mais à vontade”:

O acordo de compromisso a vigorar durante os quatro anos do mandato foi apenas possível pela “semelhança de propostas políticas” constantes dos programas eleitorais de cada uma das candidaturas e pelo “entendimento perfeitamente atingível” entre os seus líderes.

“Ambas as candidaturas, nas propostas e compromissos políticos que assumiram perante o eleitorado, priorizaram a pessoa humana como centro, objeto e destino do essencial da ação política no quadriénio 2013-2017, tendo também ambas coincidido na necessidade de conhecer, com rigor, o ponto de partida no tocante à situação financeira da Câmara Municipal de Gaia e empresas municipais”, refere o documento.

 

Do compromisso fazem parte as promessas de reduzir o IMI em 14% até ao final do mandato, de assumir que todos os livros são gratuitos para o 1.º ciclo e tendencialmente gratuitos para o 2.º, de exigir a abertura imediata do Centro de Reabilitação do Norte e de isentar totalmente de IMI todas as novas empresas que gerem cinco postos de trabalho.

Eduardo Vítor Rodrigues admitiu ainda que “quaisquer que tivessem sido os resultados, a disponibilidade do PS e do presidente para a abertura a outros atores políticos seria total”, mas realçou que “daqui a três anos e nove meses, cada um tem o seu caminho a seguir”.

 

ZAP/Lusa

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