O PS de Gaia assinou hoje um acordo de compromisso com o movimento independente ‘Juntos por Gaia’, de José Guilherme Aguiar, para assegurar a governabilidade da câmara, conseguindo assim o executivo PS / Aguiar juntar oito vereadores contra os três eleitos pelo PSD/CDS.
“É absolutamente inviável e impossível que haja qualquer acordo com o PSD atual de Vila Nova de Gaia e com os vereadores que o representam na câmara municipal”, garantiu hoje o presidente eleito, o socialista Eduardo Vítor Rodrigues.
A 29 de setembro o Partido Socialista não conseguiu a maioria absoluta em Gaia, tendo eleito apenas 5 mandatos, contra 6 da oposição (3 pela coligação PSD/CDS e 3 pelos independentes liderados por Guilherme Aguiar).
Para “garantir condições de governabilidade”, e ultrapassar a falta de maioria absoluta, o PS assinou hoje um compromisso com os independentes que terão agora direito a pelouros na vereação, não estando ainda distribuídas as pastas.
“Neste momento o que temos é um acordo programático. Amanhã [sexta-feira] encerraremos o processo que não implicará pelouros para todos os vereadores da lista de Guilherme Aguiar, implicará para alguns e implicará responsabilidades, isso sim, políticas e de empenho e de envolvimento no projeto autárquico de Gaia”, explicou o autarca que já em campanha assumiu que ficaria com os pelouros da educação e ação social.
Também Guilherme Aguiar, que encabeçava o movimento independente, espera que “a solução do presidente abarque soluções que constituam mais-valia”, lembrando que por já ter desempenhado funções em Gaia existem “áreas de intervenção” em que está “mais à vontade”:
O acordo de compromisso a vigorar durante os quatro anos do mandato foi apenas possível pela “semelhança de propostas políticas” constantes dos programas eleitorais de cada uma das candidaturas e pelo “entendimento perfeitamente atingível” entre os seus líderes.
“Ambas as candidaturas, nas propostas e compromissos políticos que assumiram perante o eleitorado, priorizaram a pessoa humana como centro, objeto e destino do essencial da ação política no quadriénio 2013-2017, tendo também ambas coincidido na necessidade de conhecer, com rigor, o ponto de partida no tocante à situação financeira da Câmara Municipal de Gaia e empresas municipais”, refere o documento.
Do compromisso fazem parte as promessas de reduzir o IMI em 14% até ao final do mandato, de assumir que todos os livros são gratuitos para o 1.º ciclo e tendencialmente gratuitos para o 2.º, de exigir a abertura imediata do Centro de Reabilitação do Norte e de isentar totalmente de IMI todas as novas empresas que gerem cinco postos de trabalho.
Eduardo Vítor Rodrigues admitiu ainda que “quaisquer que tivessem sido os resultados, a disponibilidade do PS e do presidente para a abertura a outros atores políticos seria total”, mas realçou que “daqui a três anos e nove meses, cada um tem o seu caminho a seguir”.
ZAP/Lusa