A escassez de alimentos e de produtos de primeira necessidade, nos mercados, mobilizou hoje cidadãos de várias localidades venezuelanas, que chegaram a bloquear acessos à cidade de Guatire, Estado de Miranda, a leste de Caracas.
Os manifestantes bloquearam a estrada nacional, que liga as localidades de Guarenas e Guatire, impedindo a circulação de transporte de autocarros e camiões, situação que obrigou as autoridades a enviarem a polícia militar (funcionários da Guarda Nacional), para o controlo da situação.
O protesto teve lugar entre os supermercados Dia a Dia e Unicasa, este último, propriedade de empresários madeirenses.
Em La Victória, no Estado venezuelano de Arágua, a oeste de Caracas, houve manifestações contra as falhas de fornecimento de eletricidade e a dificuldade em se conseguir alimentos, nos mercados.
Os protestos ocorreram junto ao supermercado Central Madeirense, também propriedade de portugueses radicados na Venezuela e, segundo as rádios locais, os manifestantes contestavam a eficiência dos Comités Locais de Abastecimento e Produção (Clap), criados pelo Governo venezuelano.
Em Valera, no Estado de Trujillo, a falta de produtos e o racionamento de energia elétrica foram as razões invocadas por dezenas de pessoas para bloquear várias ruas e queimar pneus.
No Estado de Táchira, fronteiriço com a Colômbia, segundo a imprensa local, registaram-se momentos de tensão entre populares, que reclamavam alimentos básicos, ferramentas e peças para viaturas, como baterias e pneus, assim como medicamentos, gasolina, eletricidade e água.
De acordo com a imprensa local, a população afirma que só se verifica fornecimento de água duas ou três vezes por semana, sendo regulares os apagões de luz, durante várias horas, ao longo do dia.
Na noite de sexta-feira, um grupo de pessoas concentrou-se junto a um supermercado de Carrizal, no sul de Caracas, gritando “queremos comida“, tendo sido necessária a intervenção da polícia militar, para manter a ordem entre a população.
/Lusa
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