António Costa podia simplesmente, ter assinado a Lei promulgada pelo Presidente da República e que repõe os quatro feriados suspensos em 2013, mas o primeiro-ministro transformou o acto formal numa cerimónia pública com recados políticos.
A reposição dos quatro feriados – Corpo de Deus, Implantação da República, Todos os Santos e Restauração da Independência – que o governo de Passos Coelho suspendeu em 2013 ficou, finalmente, consumada nesta segunda-feira, com a assinatura de António Costa na Lei promulgada pelo Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa deu o seu aval ao regresso dos feriados, avisando, contudo, para as implicações económicas e financeiras da medida.
O primeiro-ministro poderia ter simplesmente assinado a promulgação, no recato do seu gabinete, sem pompa nem circunstância, como é habitual. Mas Costa quis vincar a aprovação de uma Lei por que se bateu particularmente.
Assim, o acto de assinatura foi realizado sob uma plateia de espectadores e jornalistas na Sociedade Histórica da Independência de Portugal (SHIP), em Lisboa.
Um local escolhido precisamente pelo simbolismo histórico que António Costa pretendeu dar a um acto que define como de “pedagogia cívica”, cita o Correio da Manhã.
Perante o duque de Bragança, Duarte Pio, que estava na assistência de ilustres, o primeiro-ministro realçou a importância dos valores históricos, condenando “a subordinação de valores perenes a interesses efémeros”, isto é, a crises económicas como a que estiveram na base da suspensão dos feriados.
“A política faz-se com pragmatismo, mas, antes disso, faz-se com valores e princípios em que nos revemos e reconhecemos”, disse ainda António Costa numa farpa ao governo PSD-CDS.
“Há princípios, valores e acontecimentos fundamentais cuja memória e celebração não podem estar à mercê de cálculos ocasionais, de impulsos ideológicos e de fins propagandísticos, mesmo quando se apresentam sob argumentos que os dissimulam ou disfarçam”, acrescentou o primeiro-ministro, citado ainda pelo CM.
SV, ZAP
Princípios? Como os teve para com António José Seguro e/ou quando perdeu as eleições e assaltou o poder? … ou então quando aconselhava aquele que levou o País à bancarrota com toda a sua trupe. Com as nomeações que se vão fazendo ao arrepio de todas as regras… Memória tão curta!
É bem melhor os roubos que o PSD-CDS fizeram aos portugueses durante 4 anos grande quadrilha, se preferem ser roubados sem dó nem piedade continuem a votar neles e não falem em assalto ao poder.
O nosso país vive assim à muitos anos o PS a construir e o PSD-CDS a destruir.
Gosto especialmente da “maioria” da esquerda e extrema esquerda, quando dizem (eles ) que somos um país LAICO, esquecendo, que maioritariamente somos católicos/cristãos, mas para não fazer nada já são todos Católicos/cristãos.
Haja paciência para esta gente que só olha para o umbigo quando falam de direitos e deveres nada a não dever e não querer pagar…..
Saúdo com satisfação a reposição de todos os feriados, oferecidos pelo governo do Coelho e do Irrevogável aos patrões para poderem acumular mais uns lucros nos paraísos fiscais.
Como se viu, depois de feitas as contas, os 4 dias de trabalho a mais apenas serviram para transferir riqueza das classes mais baixas para as mais altas e em nada ajudaram ao défice, á divida publica, ao que quer que seja.
Hum… o Sr. Duque de Bragança deverá ter estado muito interessado em assistir à reposição do 5 de Outubro (Implantação da República), principalmente pelos “princípios, valores e acontecimentos fundamentais” na exoneração (violenta) do regime monárquico em Portugal. Ainda mais à custa do sangue dos seus familiares/antepassados.
Faz todo o sentido!
Aqui está um patriota pleno de valores e princípios mas só de língua e nos momentos que lhe interessa.
Nunca concordei com a extinção dos feriados do 5 de Outubro e do 1.º de Dezembro. São datas marcantes na nossa História e a sua importância é consensual, não provocando qualquer tipo de fratura na sociedade portuguesa. Mas parece-me descabida esta pompa e circunstância no ato de reposição, que de resto acho excessiva, até do ponto de vista de um regime político laico. Não se justificam tantos feriados religiosos. Poderia ter-se optado por uma solução intermédia e mais equilibrada. Até aceito o feriado do dia dos Santos/Fiéis defuntos, mas não compreendo os do Corpo de Deus e do dia 8 de Dezembro.
Mas, sobre isso Costa não diz nada. Ou assobia para o lado, como de resto a república fez frequentemente. Deve ser isto a arte do possível…
Completamente de acordo!!
Os feriados religiosos eram/SÃO completamente dispensáveis!…