O Presidente da República transmitiu ontem ao rei de Espanha que a presença espanhola na banca portuguesa é importante mas não pode ser “exclusiva”.
O encontro de ontem, em Madrid, entre Marcelo Rebelo de Sousa e o rei espanhol foi uma espécie de “visita de médico” mas que, pelos vistos, terá dado pano para mangas.
A começar pela situação da banca portuguesa, que ultimamente foi inundada por investimentos espanhóis, o Presidente da República terá recordado a Filipe VI que “uma presença significativa é diferente de ser exclusiva”.
“É conhecida a minha posição sobre essa matéria – segundo a qual é importante uma presença significativa espanhola em Portugal, o que é diferente de haver um exclusivo. Não é uma posição exclusiva a um país, é uma posição de fundo”, afirmou aos jornalistas depois do encontro, citado pelo Diário Económico.
No entanto, Marcelo insistiu, segundo o Observador, de que a presença espanhola em Portugal é também importante porque “é uma das formas de estreitamento das relações entre os dois países”.
Recentemente, o Santander Totta comprou o Banif por 150 milhões de euros e o Bankinter adquiriu o negócio a retalho do Barclays Portugal.
Nos últimos dias, o Caixabank – maior acionista do BPI – também deu a entender que pretende reforçar a sua presença no banco português, estando em negociações para comprar a parte da angolana Isabel dos Santos.
Ainda no mesmo encontro com o rei de Espanha, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu o apoio do monarca à candidatura de Guterres às Nações Unidas.
“Tendo sido falado já em Lisboa, foi falada aqui a candidatura de António Guterres a secretário-geral da ONU. A posição espanhola é de apoio a essa candidatura”, assegurou, também citado pelo jornal online.
Segundo o Jornal de Notícias, o novo Presidente convidou também os reis para uma visita de Estado a Portugal, que poderá ficar marcada para o final deste ano ou início do próximo.
ZAP
O facto de Marcelo avisar (!!!!) o rei de Espanha que não pode haver monopólio espanhol na banca portuguesa, não tem qualquer efeito prático. É uma palermice. Esses objetivos alcançam-se politicamente, criando regras nos processos de compra.
Perguntem aos espanhóis e franceses como se faz isso…
Sois tan ridiculos! pportugueses.
Coitado…