O Movimento Direito a Morrer com Dignidade apresenta, neste sábado, o manifesto onde defende a legalização da eutanásia e do suicídio medicamente assistido e com o apoio de 100 figuras públicas.
Os nomes da ex-ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz, do ex-presidente da Câmara do Porto Rui Rio, do músico Sérgio Godinho, do apresentador de televisão Manuel Luís Goucha, do médico Júlio Machado Vaz, do cineasta António Pedro Vasconcelos e do investigador Alexandre Quintanilha são alguns dos que constam deste manifesto pró-eutanásia.
Também o ex-candidato presidencial Sampaio da Nóvoa, a deputada bloquista Mariana Mortágua, o comentador político Pacheco Pereira e a actriz Ana Zanatti são signatários deste manifesto.
“Conseguimos ter pessoas de vários quadrantes e conhecidas dos portugueses. Assim, já não se pode dizer que [os apoiantes] são meia dúzia de radicais ou de lunáticos. Estas pessoas são cultas, informadas, sabem que existem cuidados paliativos”, destaca uma das fundadoras do movimento, a ex-professora da Universidade do Minho Laura Ferreira dos Santos, em declarações ao Público.
O movimento foi criado em Novembro de 2015 por esta doutorada em Filosofia que tem vários livros escritos sobre o assunto e pelo médico nefrologista João Ribeiro Santos.
O objectivo é permitir às pessoas em pleno uso das suas faculdades mentais a possibilidade de decidir morrer, caso estejam perante uma doença incurável e/ou em situações de extremo sofrimento.
“É um direito do doente que sofre e a quem não resta outra alternativa, por ele tida como aceitável ou digna, para pôr termo ao seu sofrimento”, escreve-se no manifesto, conforme cita o Público, definindo a situação como “uma última liberdade, um último pedido que não se pode recusar a quem se sabe estar condenado“.
Na Europa, o suicídio medicamente assistido só está legalizado na Holanda, na Bélgica e no Luxemburgo. Na Suíça há a despenalização deste tipo de situações, não havendo punições para os envolvidos.
ZAP
A eutanásia não é assunto para estas pessoas dicidirem, é um assunto sério demais para ser dicidido por politicos e estrelas de televisão.