A investigação a Ricardo Salgado e aos outros antigos administradores do antigo Banco Espírito Santo (BES) deverá ficar concluída até 12 de novembro. Até lá, arguidos não terão acesso ao processo.
O Diário de Notícias avança que o prazo foi proposto pelo Ministério Público e aceite pelo juiz Carlos Alexandre para determinar o fim da fase de inquérito e do segredo de justiça.
No caso, aberto pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) a 12 de agosto de 2014, estão em causa suspeitas de burla qualificada, branqueamento de capitais, abuso de confiança, fraude fiscal e corrupção no setor privado.
Os crimes estão ligados à gestão de Ricardo Salgado no BES, que culminou com o colapso do Grupo Espírito Santo.
O antigo presidente do BES chegou a estar em prisão domiciliária, decretada em julho do ano passado, até dezembro.
Antes disso, contudo, os procuradores do DCIAP já tinham pedido ao juiz que fosse decretada a especial complexidade do caso, o que alarga os prazos do inquérito.
Se Ricardo Salgado ainda se mantivesse em prisão domiciliária, o prazo do inquérito terminaria no dia 12 deste mês. Como não há nenhum arguido sujeito a uma medida de coação privativa da liberdade, o Ministério Público e o juiz entenderam que o prazo só terminará em novembro.
ZAP
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