ULS São João

Doente com traumatismo craniano esperou mais de 5h para chegar a outro hospital por helicóptero. Tinha de ir da Covilhã até Coimbra.
Uma pessoa com um traumatismo craniano foi atendido no hospital da Covilhã. Os médicos decidiram transportar o doente para o serviço de neurocirurgia do hospital de Coimbra.
Mas o transporte desse homem de 49 anos foi um problema. O helicóptero da Força Aérea não cabia no heliporto no hospital da Covilhã; o doente foi de ambulância para o aeródromo de Castelo Branco; e aí sim foi para Coimbra.
Desde o momento em que foi autorizada a transferência no hospital da Covilhã, até ao momento em que entrou nas urgências do hospital de Coimbra, passaram 5 horas, relata a SIC Notícias.
Esse helicóptero da força aérea era o único disponível em todo o país durante a noite, reforça a CNN.
Se houvesse um helicóptero do INEM a funcionar, a transferência iria demorar – no máximo – 1h30m.
O processo decorreu neste sábado. Com seis equipas médicas pelo meio.
O INEM que explique
No dia seguinte, o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) remeteu para o INEM a responsabilidade no transporte desse doente.
“Esta é uma questão que devem colocar ao INEM“, afirmou Álvaro Almeida em entrevista à CNN.
O diretor executivo do SNS salientou que, à semelhança do que acontece noutros países, existem diferentes níveis de atendimento hospitalar e que, em situações mais complicadas, pode haver a necessidade de transferir os doentes para hospitais mais especializados.
Defendendo que “qualquer transferência deve ser feita no mais curto espaço possível”, o diretor executivo do SNS negou qualquer responsabilidade neste caso, sublinhando que “a transferência hospitalar não é da competência da direção executiva”.
Álvaro Almeida garantiu que o contrato celebrado na sequência do concurso público internacional para a contratação do serviço de helicópteros de emergência médica do INEM “não tem nada a ver com a direção executiva, não é uma competência da direção executiva”.
Já nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde deixou uma curta declaração sobre o caso, ao Observador: “Esclarecimentos sobre os helicópteros devem ser pedidos ao INEM”.
Também em declarações a CNN, o presidente do sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar, Rui Lázaro, considerou que “os responsáveis têm um rosto: é o Governo e o INEM“, sendo que “o INEM não acautelou atempadamente o tempo do concurso” para a contratação do serviço aéreo de emergência médica.
O concurso público para a contratação deste serviço foi adjudicado à empresa Gulf Med Aviation Services Limited apenas no final de março.
“A empresa teve pouco mais de um mês. O Governo e o INEM deveriam ter iniciado este concurso um pouco mais cedo ou um pouco mais tarde”, acusou Rui Lazaro, reiterando que os helicópteros da Força Aérea deveriam ser deslocalizados para o interior do país, onde entende fazerem mais falta.
ZAP // Lusa
Ninguém põe o INEM a funcionar? Este desvario vai continuar até quando?
Muito folgada esta gente!
É o problema generalizado da desresponsabilização dos gestores deste pais. Se são demasiado graves, demitem-se e pronto. Agora nem isso …