O Ministério da Administração Pública estima um encargo de 6,7 milhões de euros com a criação dos 500 estágios, com uma bolsa de 998,5 euros.
Os estágios na administração central e local que serão lançados em 2021 terão a duração de nove meses, estando previstos 500 estágios com uma bolsa de 998,5 euros, revela uma nota do Ministério da Administração Pública divulgada esta terça-feira.
A informação consta da nota explicativa entregue pelo Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública ao Parlamento, no âmbito das audições da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).
Segundo o documento, “os estágios serão lançados em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), terão a duração de até nove meses e possibilidade de tempo parcial para permitir acumulação com formação”.
O ministério de Alexandra Leitão estima um encargo de 6,7 milhões de euros “para a realização de 500 estágios a tempo completo, com uma bolsa de estágio de 998,5 euros”.
“Como previsto no Programa de Estabilização Económica e Social, os jovens que concluam o seu estágio com aproveitamento, beneficiam de uma majoração na pontuação em futuro procedimento de recrutamento, promovendo a integração destes nos quadros da Administração Pública, atraindo talento jovem, e evitando futuras situações de precariedade”, sublinha o ministério.
Os programas de estágios remunerados na administração central e local destinam-se a jovens com habilitações superiores que estejam desempregados ou à procura do primeiro emprego.
Na nota entregue ao Parlamento, o ministério refere ainda que em 2021, além dos estágios, o rejuvenescimento da administração pública será feito através da regra de pelo menos uma entrada por cada saída e da colocação dos trabalhadores através do primeiro recrutamento centralizado.
“No âmbito do primeiro processo de recrutamento centralizado, foram já selecionados os primeiros 800 candidatos e lançado o procedimento consequente que irá permitir completar uma bolsa de pelo menos 1.000 técnicos superiores para os quadros da Administração Pública”, lê-se no documento.
Em 2021, dar-se-á início também à colocação destes 1.000 técnicos superiores no Estado nas áreas de ciência política, relações internacionais, económico-financeira, estatística, jurídica e planeamento, acrescenta o ministério.
A ministra Alexandra Leitão é ouvida na quarta-feira à tarde no Parlamento, no âmbito da apreciação na especialidade do OE2021 em audição conjunta pela Comissão de Orçamento e Finanças e pela Comissão de Administração Pública, Modernização Administrativa, Descentralização e Poder Local.
// Lusa