50 cêntimos cobrados a mais custam 120 mil euros ao Pingo Doce

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Um erro de 0,50€, no preço de um vinho cobrado na caixa, custa ao Pingo Doce 120 mil euros.

No expositor 2,49€; na caixa 2,99€; e no tribunal 120 mil euros.

Por um erro de 50 cêntimos o Pingo Doce foi condenado, pelo Tribunal de Vila Nova de Gaia, a pagar uma multa de 120 mil euros, pelo crime de especulação de preços, por alterar um preço “com intenção de obter um lucro ilegítimo”.

A 1 de maio de 2019, um cliente levou um “Vinho Alentejo Vale Rico Homem” que, no expositor, tinha indicado um preço promocional de 2,49€. Contudo, quando chegou à caixa, foram-lhe cobrados 2,99€.

Apesar de no Pingo Doce lhe ter sido dada razão e devolvido dinheiro cobrado a mais, o cliente apresentou, de igual modo, queixa às autoridades.

De acordo com o Jornal de Notícias, a juíza Andreia Pinho deu como provado que o gerente do Pingo Doce de São Félix da Marinha (Vila Nova de Gaia) sabia que as garrafas expostas para venda ao público se encontravam etiquetadas com um valor inferior àquele que era efetivamente cobrado.

“Com a conduta descrita, a sociedade arguida praticou um preço superior ao preço anunciado de venda ao público, induzindo em erro o consumidor e as expectativas de adquirir, pelo preço mencionado, aquelas garrafas de vinho”, referiu o tribunal.

“O gerente de loja e a arguida [Pingo Doce Distribuição, SA] agiram com o propósito de auferir um lucro ilegítimo, correspondente à diferença entre os valores que anunciava e os que cobrava na caixa registadora aquando do pagamento pelo comprador”, acrescentou.

Ao JN, uma fonte do Pingo Doce disse que a empresa vai recorrer, garantido que se tratou apenas de um lapso: “a sanção aplicada é excessiva, até porque existe jurisprudência diferente daquela que condenou. O Pingo Doce já interpôs recurso para uniformização de jurisprudência para o Supremo Tribunal de Justiça e, se lhe vier a ser dada razão, vai recuperar os 120 mil euros”.

ZAP //

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5 Comments

  1. Esta é/era uma prática recorrente neste supermercado Pingo Doce S. Félix da Marinha.
    Por mais que uma vez reclamei e alertei as funcionárias da caixa para esta situação que estava sempre a acontecer, com dolo. Acho muito bem que a empresa tenha sido condenada e espero que, de facto, não lhe seja dada razão no recurso apresentado.
    Assim, espero igualmente que aprendam a respeitar os clientes em vez de os tentarem enganar.

  2. Não entendo como pode o pingo doce continuar de porta quando na verdade já há vários anos que não paga impostos e portanto deve milhares ao fisco.

  3. ‘Nunca’ acontece ao contrário – vá, raramente acontece ou quase nunca; e se acontece é por lapso do funcionário, não da logística geral do establecimento por esquecimento ou desatenção. A especulação e/ou vigarice nunca está desatenta nem se engana. 🙂

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