Os licenciados que trabalham por conta própria são os mais ricos em Portugal. A pandemia veio travar o combate à desigualdade que se fez entre 2014 e 2019.
As desigualdades em Portugal já não são notícia, mas a sua escala é notória. De acordo com números citados pelo Expresso, os 10% do topo concentram quase 25% de todo o rendimento do país.
A nível do património, a disparidade ainda é maior, com 5% da população a concentrar 42% de toda a riqueza. No primeiro exemplo, Portugal é o quinto país mais desigual da União Europeia e no segundo é também o quinto com maiores contrastes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE).
Esta tradição de desigualdade já não é nova em Portugal, mas acentuou-se ainda mais após a crise de 2008. Os 10% do topo dos rendimentos ganham também quase 10 vezes mais do que os 10% que estão no fundo da tabela.
O panorama melhorou entre 2014 e 2019, com políticas dirigidas a este problema. De acordo com Carlos Farinha Rodrigues, economista e professor do ISEG, o “forte aumento do emprego” e a “subida do salário mínimo” são as principais razões que permitiram a Portugal sair do último lugar da tabela na Europa, apesar de ainda ter um grande caminho pela frente.
A pandemia veio interromper esta trajectória e acentuou as diferenças que são ainda mais óbvias quando se fala de riqueza. Esta desigualdade é, em parte, explicada pelos baixos salários.
Os últimos dados dos Quadros de Pessoal, referentes a 2019, mostram que a remuneração bruta de mais de metade dos trabalhadores por conta de outrem não chega aos 750 euros.
Os números mostram ainda que quem trabalha por conta própria e tem formação superior é mais rico. A riqueza líquida média dos agregados familiares em Portugal em que o indivíduo de referência trabalha por conta própria é de 425,9 milhares de euros, seguindo-se os reformados com 156,6 e os trabalhadores por conta de outrem com 124,5.
Para a economista Susana Peralta, a solução é um “sistema de educação de qualidade, que no discrimine as famílias de baixo rendimento e baixas qualificações”, já que sem uma escola que seja um “elevador social”, não há um “verdadeiro combate à desigualdade”.
Já Farinha Rodrigues concorda, considerando que a educação é a “chave para diminuir as desigualdades” e sublinha que este elevador social “passou a funcionar ainda pior” com a pandemia.
A fiscalidade é também incontornável, com Farinha Rodrigues a recomendar uma maior progressividade do IRS. Susana Peralta alerta que “diminuir a taxa marginal de imposto sobre os mais ricos, como alguns partidos têm falado na campanha eleitoral, é aumentar a desigualdade”.
Tá e isso é ilegal? Agora todo mundo é obrigado a ser pobre? E o pobre que deseja ser despojado dos metais é obrigado a ser rico?
Melhor vc viver no meio dos ricos que no meio dos pobres .
Cresceram com méritos.
Parabéns aos milionários.
Comentário simplesmente perfeito.
Obrigado por alguém que pense.
O rico não tem de ser castigado pelo seu sucesso.
Aposto que não és rico e que “pensar” também não é o teu forte…
“Cresceram com méritos.”
Ahahahaaaa… esta foi a piada do mês!…
Não admira que o Brasil seja dos campeões mundiais da desigualdade!!
Cuidado com a verificação dos factos – Portugal não é (e NUNCA foi) o país mais desigual da União Europeia; muito menos, da Europa (e menos ainda da OCDE)!
Os EUA, a Espanha, o Reino Unido, etc são países mais desiguais do que Portugal!
Me desculpa mas dá forma como respondeu a minha resposta será:
Vc é num frustrado, quem nasceu pra ser peão nunca chegará a patrão.
Na minha empresa vc não estaria.