O Sindicato dos trabalhadores da Imprensa (SNTP) da Venezuela denunciou que pelo menos 376 profissionais da comunicação social foram agredidos desde o inicio da atual vaga de protestos contra o Presidente venezuelano, que dura há 85 dias.
“Entre 31 de março e 24 de junho, 376 trabalhadores da imprensa foram agredidos em 278 casos documentados pelo SNTP”, escreveu o sindicato na sua conta do Twitter.
O sindicato dá ainda conta de “33 detenções ilegais de trabalhadores da imprensa” no contexto da cobertura das manifestações.
Além das detenções houve ainda agressões e intimidações de jornalistas e há ainda registo de roubo, confiscação de equipamento, destruição de material de trabalho e atos de vandalismo e roubo em escritórios de órgãos de comunicação.
Na Venezuela, as manifestações a favor e contra o Presidente Nicolás Maduro intensificaram-se desde o dia 1 de abril, depois de o Supremo Tribunal de Justiça divulgar duas sentenças que limitavam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assumia as funções do Parlamento.
Entre queixas sobre o aumento da repressão, os opositores manifestam-se ainda contra a convocatória a uma Assembleia Constituinte, feita a 1 de maio por Nicolás Maduro.
O número oficial de mortos é de 76 e há registo de mais de mil feridos.
// Lusa