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Quase 300 pessoas detidas em Londres em protestos contra alterações climáticas

Will Oliver / EPA

Recentemente, o grupo Extinction Rebellion ganhou destaque ao realizar um protesto no Parlamento britânico, quando manifestantes se despiram durante um debate sobre o Brexit.

Quase 300 pessoas foram detidas desde segunda-feira, em Londres, em protestos contra as alterações climáticas, anunciou na noite de terça-feira a polícia britânica, num novo balanço.

O grupo Extinction Rebellion, que ganhou destaque recentemente ao realizar um protesto no Parlamento britânico, quando manifestantes se despiram durante um debate sobre o Brexit, iniciou esta segunda-feira uma semana de protestos na capital. “Às 21h30, tinham sido efetuadas um total de 168 detenções”, indicou em comunicado a Polícia Metropolitana, elevando para “290 o número total de detenções em dois dias”.

A maioria das detenções foi feita por obstrução da via pública em locais como a ponte de Waterloo, que atravessa o rio Tamisa ou Oxford Circus, onde uma grande parte dos manifestantes se concentrou empunhando cartazes que dizem “Não existe Planeta B” ou “Extinção é para sempre”.

Apesar da intervenção da polícia para tentar retirar as pessoas e da imposição de medidas para manter a ordem pública com as quais se pretendia concentrar o protesto num local apenas, em Marble Arch, várias estradas continuam interrompidas.

Apesar de algumas ações mais exaltadas, como o vandalismo da sede da petrolífera Shell com pinturas no exterior e a destruição de uma porta de vidro, o ambiente dos protestos tem sido pacífico.

Na Ponte de Waterloo foram instalados vasos com árvores, flores, tendas e uma rampa de skate e em Oxford Circus, zona comercial e turística da capital britânica, foi instalado um barco de pesca pintado de cor de rosa chamado Berta Cáceres, em homenagem à ativista hondurenha assassinada em 2016.

O objetivo é usar atos de desobediência civil sem recorrer à violência, mas que perturbe a sociedade para criar o impacto que as formas convencionais de sensibilização não conseguiram ter.

// Lusa

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