Mortalidade já bateu dois recordes em 2024: número de dias com mortes acima do esperado já é superior a todo o ano de 2023 — e também já há mais óbitos em excesso.
O ano começou há pouco mais de duas semanas, mas Portugal já registou 1.858 óbitos acima da média esperada. O fenómeno de excesso de mortalidade continua a verificar-se, desde o Natal de 2023 — já são 26 dias consecutivos com mortes acima do esperado.
A 12 de janeiro deste ano, Portugal já tinha mais mortes acima do esperado do que em 2023 inteiro. Todos os dias deste ano tiveram excesso de mortalidade, face a 17 dias com mortes além do esperado em 2023.
O ritmo de número diário de óbitos tem sido consistentemente superior a 400, com picos que lembram os dias mais críticos da pandemia de Covid-19 em 2021: só nos primeiros 18 dias de janeiro morreram mais de 8600 pessoas, de acordo com os números do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO).
O excesso de mortalidade é superior a 2800 mortes nos últimos 30 dias, indica ao Expresso o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Quase 90% destas mortes em excesso foi verificada na faixa etária acima dos 65 anos. As faixas etárias mais afetadas incluem pessoas com mais de 85 anos, seguidas por aquelas entre 75 e 84 anos, e entre 55 e 64 anos.
O aumento súbito e contínuo de mortes colocou Portugal como o país da União Europeia com o maior número de óbitos em excesso, em relação à sua população, nas últimas três semanas.
A Direção-Geral da Saúde (DGS), alertava, no passado dia 11 de janeiro, que o “excesso muito elevado de mortalidade” — classificação atribuída pelo site europeu EuroMOMO, que faz a vigilância da mortalidade, exclusivamente a Portugal num grupo de 24 países europeus com a classificação mais alta no excesso de mortalidade— ia continuar nas faixas etárias a partir dos 45 anos.
“Iremos manter um excesso de mortalidade nos 65 mais e também nos 45-64 anos”, disse à Renascença a diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado.
Só entre a última semana de 2023 e a primeira de 2024, foram registadas mais de sete mil mortes. Excluindo os anos da pandemia, este já é o janeiro mais mortífero em oito anos.
Menos casos de gripe
Apesar do aumento na mortalidade, os dados indicam uma tendência decrescente na atividade gripal, com uma redução nos casos do vírus da gripe A e nos internamentos relacionados à gripe.
Enquanto a vacina da gripe está a ser administrada na hora, a vacina da covid-19 só é administrada por marcação prévia, uma vez que uma vacina dá para seis doses e, para não desperdiçar nenhuma dose, é necessário que seis pessoas agendem a vacinação.
Neste momento, a vacinação está disponível em cerca de 3500 pontos — aproximadamente 2500 farmácias e 1000 unidades de cuidados de saúde primários do SNS.
Pode agendar a vacinação online, através da plataforma disponível para o efeito. Se a sua farmácia não tiver disponível esta opção, poderá agendar diretamente ao balcão ou por telefone.
Cuidados de Saúde primários quasi inexistentes , profilaxia de Saúde Familiar quasi inexistente , Centros de saúde alguns novos e inaugurados com pompa e circonstancia , mas vazio de Médicos e equipas de Enfermagem , listas de espera inaceitáveis , não é de admirar que cada vez mais , pessoas que dependem do SNS , vão morrer por falta de cuidados Médicos efetivos e atempados . A falta de acesso aos cuidados de Saúde primários no SNS quando se necessita , conduz a degradação progressiva da Saúde das Pessoas . Resta o recurso ao Privado para quem tem possibilidades Económicas , ou seja , o que se passa é comparável a uma seleção Natural , como nas outras formas de Vida animal !
Ninguém desconfia das benditas vacinas anti-Covid, não? Somos dos países mais vacinados. Somos dos países com mais mortes.
E convinha explicar melhor esta parte: “Iremos manter um excesso de mortalidade nos 65 mais e também nos 45-64 anos”, disse à Renascença a diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado. Ninguém pergunta porquê?