O presidente da Aliança das Florestas do Nordeste da Austrália disse que os incêndios florestais que deflagram no leste do país, desde o início de novembro, provocaram a morte a mais de dois mil coalas.
O ambientalista australiano Dailan Pugh, que apresentará um estudo sobre a situação dos coalas ao Senado do estado de Nova Gales do Sul (sudoeste do país), disse à agência EFE que os incêndios recentes mataram cerca de 25% dos coalas da região, cuja número se cifrava em 8.400, uma espécie já classificada como “vulnerável”.
Os dados de Pugh, calculados através da distribuição potencial dos animais e da quantidade de terra queimada, dobram o número de outras fundações para a proteção de coalas.
O presidente da Aliança das Florestas do Nordeste estima que, na costa norte de Nova Gales do Sul, cerca de 24% do habitat dos coalas foram perdidos devido aos incêndios e recomendou a imposição de uma moratória à extração de madeira nas florestas.
A gravidade dos incêndios florestais pode causar o desaparecimento dos coalas, cuja população em todo o país é de cerca de 80 mil, de acordo com a Koala Australia Foundation, se este tipo de catástrofe continuar e as florestas de eucalipto não estiverem protegidas na região da costa norte de Nova Gales do Sul.
No final de novembro, Ellenborough Lewis, o coala resgatado por uma mulher australiana no meio das chamas, que ganhou uma enorme atenção mediática, foi um dos coalas que não resistiu. O animal sofreu queimaduras graves em todo o corpo.
Desde o dia 1 de julho, os incêndios já provocaram a morte a seis pessoas, destruíram centenas de casas e 13 mil quilómetros quadrados de terra em todo o país.
ZAP // Lusa