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20% dos portugueses estão em risco de pobreza ou exclusão social

O alargamento dos critérios do Eurostat levou a uma subida na taxa de idosos em risco de pobreza.

Segundo avança o Público, um em cada cinco portugueses estão em risco de pobreza ou exclusão social. O jornal cita dados do Eurostat relativos a 2020 e compara-os com os do Instituto Nacional de Estatística (INE), que apontavam para uma taxa parecida — 19,8%, o que equivale a 2 milhões e 37 mil portugueses.

A mudança nos critérios acabou por também inflacionar os valores. Há assim 21,9% de crianças e jovens até aos 18 anos em risco de pobreza, contrariamente aos 21,6% inicialmente divulgados. Já no caso dos idosos, o valor subiu de 20,2% para 21,4%.

“No novo indicador, a privação material severa passa a considerar 13 em vez de nove itens (e altera o nome para privação material e social severa) e a intensidade laboral per capita muito reduzida passa a abranger as pessoas até aos 64 anos (antes considerava apenas idades até aos 59 anos)”, explicou ao Público Ernestina Baptista, do gabinete de comunicação do INE.

No ano passado, a União Europeia tinha 24,2% das crianças e jovens com menos de 18 anos em risco de pobreza e exclusão social. Já no caso dos adultos até aos 64 anos, a taxa descia para 21,4%. Na população com mais de 65 anos, o risco afectava 20,4% das pessoas.

A Roménia é o estado-membro onde mais crianças e jovens estão em risco (41,5%), seguindo-se a Bulgária (36,2%), a Espanha (31,8%) e a Grécia (31,5%). O países com a taxa mais baixa são a Eslovénia, com 12,1%, e a República Checa, com 12,9%.

A escolaridade dos pais continua a ser um factor determinante na situação de risco das crianças e jovens e esse realidade é transcendente em toda a Europa. Os filhos de pais com baixa escolaridade têm um risco de pobreza de 50,5%, enquanto que esse valor é de apenas 7,7% nas famílias com progenitores mais educados.

As crianças com pelo menos um dos pais imigrante também têm um risco acrescido — 32,9% contra os 15,3% dos menores com ambos os pais nativos do país onde vivem.

As famílias monoparentais também sofrem mais economicamente, estando 42,1% em risco de exclusão a nível europeu.

ZAP //

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