Quinze mil cancros terão ficado por diagnosticar durante a pandemia

Tânia Rêgo / ABr

Cerca de 15 mil cancros terão ficado por diagnosticar durante a pandemia de covid-19, que obrigou a reorganizações em vários centros de saúde, estima a  Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar. 

A organização recorda que a pandemia, que obrigou ao estado de emergência e a uma série de restrições, deixou muito utentes sem poderem fazer diagnósticos, uma vez que os centros e outras unidades de saúde estiveram encerrado.

Agora, para marcar uma consulta é necessária uma marcação prévia, mas a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar recorda que muitos utentes não têm e-mail e que há outros, como os idosos, com dificuldade em aceder à Internet.

“Se estivermos fechados ou quase durante três meses, os cinco mil [casos novos] por mês são 15 mil. Isto é muito preocupante”, frisou Rui Nogueira, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, em declarações à SIC.

Os médicos defendem que para recuperar o tempo perdido é necessário reforçar os meios, havendo também a necessidade de reduzir as listas de espera por médico.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 544 mil mortos e infetou mais de 11,85 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela AFP.

Em Portugal, morreram 1.631 pessoas das 44.859 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

ZAP //

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