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Zero pontos, câmara partida, cocaína: 13 anormalidades na Eurovisão

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Robin Van Lonkhuijsen / EPA

Grande final da Eurovisão 2021

Roterdão recebeu a 65.ª edição do Festival da Canção da Eurovisão. Portugal ficou no 12.º lugar num evento ganho pela Itália e pelo rock. Aqui fica a lista de registos ou momentos invulgares que se registaram nos Países Baixos.

1.º – A Itália ganhou. Desde 1990 que o troféu não seguia para Itália. Na altura, a música vencedora foi ‘Insieme: 1992’, de Toto Cutugno.

2.º – O rock ganhou. Uma raridade no Festival da Eurovisão. A última vez que este estilo de música tinha triunfado havia sido em 2006, quando a Finlândia conseguiu o primeiro posto graças aos Lordi e à sua canção ‘Hard Rock Hallelujah’.

3.º – As melodias ‘Zitti e buoni’, de Itália, ‘Voilà’, de França, e ‘Tout l’Univers’, da Suíça, ocuparam o pódio por esta ordem. Ou seja, nenhuma das três primeiras classificadas foi escrita em inglês. Não acontecia há 26 anos.

4.º – Portugal ficou no 12.º lugar, ou seja na primeira metade da classificação final. Foi apenas a segunda vez no século XXI que a representação lusa conseguiu ficar na primeira metade, na final (a própria presença na final não tem sido frequente). A outra exceção foi a vitória de Salvador Sobral, em 2017.

5.º – Na final, Portugal recebeu 12 pontos de um júri nacional – o da República Checa. Uma raridade na história do festival (esquecendo a vitória em 2017).

6.º – O atual sistema de votação estreou-se apenas em 2016 mas esta foi a primeira vez, dentro deste sistema, que um país terminou a final com zero pontos. Foi o Reino Unido, que não mereceu qualquer ponto, nem dos júris nacionais, nem do telespectadores. E logo na final que teve mais audiências televisivas no Reino Unido, nos últimos sete anos.

7.º – Foi também a primeira vez, com este sistema de votação, que quatro países não receberam pontos dos telespectadores: Países Baixos (a comitiva da casa), Espanha, Alemanha e Reino Unido ficaram a zero no televoto.

8.º – Os cinco “grandes” da Eurovisão, os denominados Big Five, ocuparam lugares extremos na classificação na final: Itália e França foram os dois primeiros mas Espanha, Alemanha e Reino Unido foram os três últimos. A anormalidade aqui foi o contraste; porque tem sido frequente o Big Five estar representado nos últimos lugares, ou mesmo no último lugar.

9.º – A Austrália tinha estado sempre na final, desde a sua estreia (2015). Desta vez não esteve. Agora a Ucrânia é o único país que conseguiu sempre superar as meias-finais desde que essa fase apareceu na Eurovisão, em 2004.

10.º – A Islândia atuou na final (atuação gravada) mas não estava no pavilhão que recebeu o evento, neste sábado. Um caso de coronavírus afastou a comitiva islandesa das restantes.

11.º – Um imprevisto atrasou a atuação da Irlanda na primeira meia-final. A culpada foi uma das câmaras televisivas, que se partiu, segundos antes da música irlandesa. Uma das apresentadoras ficou a “encher chouriços” nesse período.

12.º – Depois da final, durante a conferência de imprensa, um jornalista sueco perguntou a Damiano David, o vocalista do grupo vencedor Måneskin, se estava a consumir cocaína, quando foi apanhado pela transmissão em direto a baixar-se para a mesa, num movimento que parecia de consumo de drogas.

O vocalista negou, explicando que se baixou porque outro membro do grupo tinha partido um copo: “Eu não tomo drogas, por favor não digam isso”. Mais tarde, um comunicado dos Måneskin acrescentou: “Estamos prontos para fazermos testes, nada temos a esconder”. E, no dia seguinte à final, a própria União Europeia de Radiodifusão anunciou que Damiano David vai realizar um teste voluntário.

E ainda…

13.º – Casa cheia. Sim, quem viu o evento pela televisão, reparou que estavam 3.500 pessoas dentro daquele pavilhão em Roterdão – e ninguém usava máscara. Foram realizados testes ao coronavírus, de dois em dois dias, a todas as pessoas que entraram no recinto. No total, 0.06% dos testes foram positivos.

Nuno Teixeira, ZAP //

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17 Comments

  1. Essa do italiano consumir droga é mesmo de quem não sabe do que fala … para mandar um risco, em cima de uma mesa, é preciso algo parecido com um tubo para puxar o produto para o nariz. E pelo menos uma mão ficaria ocupada momentaneamente. Sem isso, é praticamente impossível, a não ser que a leve perto do nariz, em cima de alguma coisa. E para isso, tinha que se levantar e mostrar o que tinha. Nada disto aconteceu. Não havia “pó de arroz” na beiça nem nada. Sendo assim, esta é uma “não-notícia”…

  2. “No cocaine… Please don’t say that…” – ó filho nestas coisas, ou a gente prova que não foi isso, ou a gente assume que foi. Agora “please don’t say that” não prova que não o fizeram.

  3. Anormal é escrever-se “anormalidade”. Não sei se conhecem mas a palavra correta é ANOMALIA. é só gafes e desinformação nestas notícias. Numa página, aproveita-se uma frase, o resto é repetição de informação nenhuma. Os títulos são na maioria, enganadores ou incorrectos. Dir-se-ia que este novo normal jornalístico é bastante anormal.

    • Cara leitora,
      Há uma diferença entre uma anormalidade e uma anomalia.
      O texto elenca um conjunto de aspetos que fugiram ao que é normal, não um conjunto de irregularidades que fogem às normas.
      O termo correto a usar no título é, portanto, “anormalidades”.
      Quanto ao texto, cujo conteúdo critica, não é uma notícia, é uma recolha de peculiaridades, detalhes e informações acerca do evento, que parecem curiosamente ter despertado o interesse de um grande número de leitores do ZAP.
      Está no seu direito de não ter achado interesse ao texto. É a sua opinião.
      Já não é seu direito dela partir para nos acusar de intenções enganadoras, que repudiamos totalmente.
      Mas esse tipo de acusações parece também fazer parte do novo normal de alguma audiência.

    • Mais incrível é que, mesmo com tudo isso que apontas, ainda continues a vir cá. Se é assim tão mau… o que é que andas aqui a fazer?!
      Deve ser masoquismo.

  4. Não costumo assistir ao festival da Eurovisão e também não sou perita em geografia mas, tenho a certeza que a Austrália não pertence à Europa (Ponto 9)!!!

    • Cara leitora,
      Tem toda a razão, a Austrália não pertence à Europa.
      Mas o evento convida frequentemente países de fora da Europa a participar, como é o caso de Israel, e a Austrália, onde o concurso é muito popular e que o transmite na TV desde 2005, é um dos países não europeus com presença regular na Eurovisão.
      A sua primeira participação foi em 2015.

    • Caro leitor,
      Conforme tivemos oportunidade de explicar no comentário acima, a Austrália não pertence à Europa.
      Mas o evento convida frequentemente países de fora da Europa a participar, como é o caso de Israel, e a Austrália, onde o concurso é muito popular e que o transmite na TV desde 2005, é um dos países não europeus com presença regular na Eurovisão.
      A sua primeira participação foi em 2015.

    • Outro iluminado. Primeiro bate, depois pergunta. Se perdessem um pouco do vosso tempo perceberiam que é possível evitar ser ridículo. E ainda por cima ofensivos nos comentários “patetas” que fazem.

    • Caro leitor,
      Israel não faz parte da Europa.
      Os únicos países que têm parte do seu território em parte na Europa e em parte na Ásia são a Rússia e a Turquia (os mais conhecidos) e o Azerbaijão, Cazaquistão e Geórgia, que têm uma pequena parte do seu território na Europa. Arménia e Chipre, estando geograficamente totalmente localizados na Ásia, são considerados parte da Europa por razões culturais e históricas. O território de Israel encontra-se totalmente localizado no Médio Oriente. Apesar de a maior parte da sua população ser originária de países europeus, o país não faz parte da Europa (não fazendo sequer fronteira com nenhum país europeu), e não é por disputar competições europeias como a Eurovisão (tal como a Austrália) ou as provas da UEFA que Israel se torna um país europeu.

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