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Seis países fundadores da UE reúnem-se hoje em Berlim

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Pietro Naj-Oleari / European Parliament

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“Não vamos deixar que ninguém nos tire a Europa”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão à entrada da reunião com os restantes ministros dos países fundadores da União Europeia.

Os chefes da diplomacia dos seis países fundadores da União Europeia reúnem-se este sábado, em Berlim, para debater as consequências do referendo britânico, em que os eleitores decidiram pela saída do Reino Unido da UE.

Na reunião, presidida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, participam os ministros dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Marc Ayrault, holandês, Bert Koenders, italiano, Paolo Gentilon, belga, Didier Reynders, e luxemburguês, Jean Asselborn, em representação dos seis países que a 9 de maio de 1957 assinaram o Tratado de Roma, que deu origem ao que é hoje a União Europeia.

“Estou confiante que estes países também podem enviar uma mensagem de que não vamos deixar que ninguém nos tire a Europa“, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, citado pela AFP, antes da reunião.

Frank-Walter Steinmeier considera o projeto europeu um caso de sucesso em termos de paz e estabilidade e indicou que o grupo está empenhado em mantê-lo e reforçá-lo nesse sentido.

“Acho que é claro que estamos numa situação em que nem a histeria, nem a paralisação, são permitidas”, disse o ministro alemão.

“Não devemos precipitar-nos em tomar uma ação, fingindo que temos todas as respostas. Mas também não devemos cair numa depressão ou inação depois da decisão britânica”.

Os eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido vai sair da União Europeia, depois de o Brexit ter conquistado 51,9% dos votos no referendo de quinta-feira, cuja taxa de participação foi de 72,2%.

O Reino Unido, cujos eleitores escolheram na quinta-feira sair da UE, a Irlanda e a Dinamarca foram os países do primeiro alargamento da Comunidade Económica Europeia, a 1 de janeiro de 1973.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou já a sua demissão com efeitos em outubro.

Mas o ministro dos Negócios Estrangeiros francês prefere que as negociações para a saída do Reino Unido comecem o quanto antes e que haverá muita pressão sobre David Cameron nesse sentido, refere a AFP.

Numa primeira reação, os presidentes das instituições europeias (Comissão, Conselho, Parlamento Europeu e da presidência rotativa da UE) defenderam um ‘divórcio’ o mais rapidamente possível, “por muito doloroso que seja o processo”.

/Lusa

1 Comment

  1. Não vamos deixar que ninguém nos tire a Europa. Nem é preciso como agis as populações vão saindo exceto Portugal pois alguns ainda têm muito a comer.

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