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O Presidente norte-americano, Donald Trump, de 79 anos, foi diagnosticado com insuficiência venosa crónica – anunciou a Casa Branca esta quinta-feira.
Donald Trump foi diagnosticado com insuficiência venosa crónica – vulgarmente conhecida como doença venosa crónica.
O diagnóstico foi feito depois do presidente dos EUA, de 79 anos, ter relatado “ligeiros inchaços na parte inferior das pernas” e de “exames aprofundados” terem mostrado esta condição, que corresponde a uma acumulação de sangue nos membros inferiores.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, descreveu a condição como “benigna e comum, especialmente em indivíduos com mais de 70 anos”, antes de esclarecer que não foram encontrados indícios de “trombose venosa profunda ou doença arterial“.
Que doença é esta?
Como explica a CUF, a doença venosa crónica é uma anomalia do funcionamento do sistema venoso causada por uma falha das válvulas que existem nas veias.
A incompetência valvular das veias superficiais pode resultar no enfraquecimento das paredes vasculares ou ser secundária a tromboflebites; enquanto a incompetência venosa profunda surge, frequentemente, na sequência de uma obstrução. A frequência desta doença aumenta com a idade.
Na Europa, dos adultos com idades entre 30 e 70 anos, 5% a 15% apresentam esta enfermidade, sendo que 1% apresenta já úlcera varicosa. Nos EUA, cerca de sete milhões de pessoas têm esta patologia, que é a causa de 70% a 90% de todas as úlceras dos membros inferiores.
É um problema muito comum, mas capaz de reduzir a qualidade de vida. As suas complicações podem ser responsáveis por dor crónica e incapacitante.
Segundo a CUF, os sintomas mais comuns são a sensação de peso e dor nos membros inferiores, sobretudo no final do dia. Pode gerar também formigueiro, hiperpigmentação da pele, substituição progressiva da epiderme e do tecido subcutâneo por fibrose, inchaço, presença de veias varicosas e de sinais.
Se não for tratada, as veias tendem a dilatar tornando os sintomas mais graves, podendo ocorrer insuficiência venosa grave, com risco de trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
Sabe-se que a idade avançada, a história familiar e o género constituem fatores de risco importantes para o desenvolvimento de doença. As mulheres apresentam maior tendência para esta doença.
Além destas existem outras causas, aponta a CUF:
- Estar muitas horas de pé ou sentado, principalmente de pernas cruzadas;
- Estilo de vida sedentário;
- Permanência prolongada em lugares quentes (o calor dilata as veias e aumenta a estase);
- Exposição solar prolongada, banhos quentes, sauna e vestuário quente;
- Prisão de ventre e excesso de peso;
- Roupa muito apertada;
- Sapatos com salto alto ou rasos,
Além dos fármacos, a compressão é a forma de tratamento mais frequente. É usada no contexto de varizes de maior dimensão, com edema, alterações da pigmentação ou com úlcera ativa. Pode ser feita com o uso de meias elásticas, ligaduras elásticas, botas ou ligaduras ou através de aparelhos pneumáticos.
ZAP // Lusa