Trump diagnosticado com insuficiência venosa crónica. Que doença é esta?

EPA/Samuel Corum / POOL

O Presidente norte-americano, Donald Trump, de 79 anos, foi diagnosticado com insuficiência venosa crónica – anunciou a Casa Branca esta quinta-feira.

Donald Trump foi diagnosticado com insuficiência venosa crónica – vulgarmente conhecida como doença venosa crónica.

O diagnóstico foi feito depois do presidente dos EUA, de 79 anos, ter relatado “ligeiros inchaços na parte inferior das pernas” e de “exames aprofundados” terem mostrado esta condição, que corresponde a uma acumulação de sangue nos membros inferiores.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, descreveu a condição como “benigna e comum, especialmente em indivíduos com mais de 70 anos”, antes de esclarecer que não foram encontrados indícios de “trombose venosa profunda ou doença arterial“.

Que doença é esta?

Como explica a CUF, a doença venosa crónica é uma anomalia do funcionamento do sistema venoso causada por uma falha das válvulas que existem nas veias.

A incompetência valvular das veias superficiais pode resultar no enfraquecimento das paredes vasculares ou ser secundária a tromboflebites; enquanto a incompetência venosa profunda surge, frequentemente, na sequência de uma obstrução. A frequência desta doença aumenta com a idade.

Na Europa, dos adultos com idades entre 30 e 70 anos, 5% a 15% apresentam esta enfermidade, sendo que 1% apresenta já úlcera varicosa. Nos EUA, cerca de sete milhões de pessoas têm esta patologia, que é a causa de 70% a 90% de todas as úlceras dos membros inferiores.

É um problema muito comum, mas capaz de reduzir a qualidade de vida. As suas complicações podem ser responsáveis por dor crónica e incapacitante.

Segundo a CUF, os sintomas mais comuns são a sensação de peso e dor nos membros inferiores, sobretudo no final do dia. Pode gerar também formigueiro, hiperpigmentação da pele, substituição progressiva da epiderme e do tecido subcutâneo por fibrose, inchaço, presença de veias varicosas e de sinais.

Se não for tratada, as veias tendem a dilatar tornando os sintomas mais graves, podendo ocorrer insuficiência venosa grave, com risco de trombose venosa profunda e embolia pulmonar.

Sabe-se que a idade avançada, a história familiar e o género constituem fatores de risco importantes para o desenvolvimento de doença. As mulheres apresentam maior tendência para esta doença.

Além destas existem outras causas, aponta a CUF:

  • Estar muitas horas de pé ou sentado, principalmente de pernas cruzadas;
  • Estilo de vida sedentário;
  • Permanência prolongada em lugares quentes (o calor dilata as veias e aumenta a estase);
  • Exposição solar prolongada, banhos quentes, sauna e vestuário quente;
  • Prisão de ventre e excesso de peso;
  • Roupa muito apertada;
  • Sapatos com salto alto ou rasos,

Além dos fármacos, a compressão é a forma de tratamento mais frequente. É usada no contexto de varizes de maior dimensão, com edema, alterações da pigmentação ou com úlcera ativa. Pode ser feita com o uso de meias elásticas, ligaduras elásticas, botas ou ligaduras ou através de aparelhos pneumáticos.

ZAP // Lusa

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