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Exame foi realizado em Espanha, antes de a estátua ser restaurada. Cápsula pode ter uma mensagem ou documento relacionado com José Ferreira Thedim.
Uma TAC realizada em Málaga a uma estátua de Nossa Senhora de Fátima, antes de ser restaurada, detetou uma pequena cápsula que pode conter uma mensagem ou documento relacionado com o seu criador, o escultor português José Ferreira Thedim.
A estátua de madeira foi esculpida na década de 1940 por José Ferreira Thedim, que também criou a imagem original venerada no Santuário de Fátima, em Portugal, em 1920.
Esta réplica de Málaga, considerada de grande valor patrimonial e artístico, para além de espiritual, possui um selo oficial de autenticidade que atesta a sua proveniência e relevância, noticiou a agência EFE.
Na década de 1940, foram produzidas apenas doze réplicas oficiais desta imagem da Virgem, destinadas a viajar pelo mundo em missão evangelizadora. Após o cumprimento da sua missão, todas as réplicas regressaram ao santuário de Fátima, exceto a imagem que chegou a Málaga.
Por desejo expresso do então bispo, Ángel Herrera Oria, a réplica permaneceu na cidade do sul de Espanha e, desde então, é popularmente conhecida como “La Peregrina” (“A Peregrina”, em português).
A tomografia computorizada (TAC) foi realizada como etapa preliminar do processo de restauro, para determinar o seu estado de conservação e garantir uma intervenção respeitosa na estrutura original. Este trabalho está a ser realizado para assinalar o 75.º aniversário da chegada da imagem a Málaga.
Durante o exame, os especialistas detetaram uma pequena cápsula dentro da estátua, que pode conter uma mensagem ou documento relacionado com a sua autoria.
O objetivo do exame passa por detetar deterioração, doenças materiais e possíveis ataques de insetos e parasitas.
O exame foi realizado por profissionais da Unidade de Diagnóstico por Imagem do Hospital HM Málaga, que utilizaram tecnologia de alta resolução que permite o estudo da estrutura interna sem necessidade de intervenção física.
A equipa do HM Málaga considera que, graças à tecnologia da TAC, será possível obter uma visão precisa do interior da talha sem causar qualquer dano, o que permitirá aos restauradores trabalhar com maior segurança e respeito pela obra original.
“Para o nosso grupo hospitalar é uma honra colaborar na conservação de uma imagem tão querida pelos cidadãos. Trata-se de uma importante contribuição para a preservação do património artístico e devocional da nossa cidade”, afirma Virginia Grando, diretora da unidade hospitalar, em comunicado.
ZAP // Lusa