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Paulo Macedo alertado desde 2013 para falta de assistência no S. José

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Rodrigo Gatinho / portugal.gov

O Ministro da Saúde, Paulo Macedo

O Ministro da Saúde, Paulo Macedo

O ex-ministro da Saúde foi alertado quatro vezes, desde 2013, para a falta de tratamento de aneurismas cerebrais no hospital São José aos fins de semana.

O Bloco de Esquerda alertou o Ministério da Saúde quatro vezes desde 2013 sobre a falta de tratamento dos aneurismas cerebrais no Hospital de São José, em Lisboa, aos fins-de-semana, revela um levantamento feito pela agência Lusa.

De acordo com o mesmo levantamento, também o jornal “Diário de Notícias” chamou a atenção para a gravidade da situação a 26 de Janeiro de 2015, com uma notícia chamada à primeira página, com o título “São José sem tratamento para aneurismas ao fim de semana“.

Segundo o artigo em causa, desde meados de 2014 que as equipas de prevenção de neurorradiologia de intervenção e neurocirurgia deixaram de fazer prevenção ao fim de semana, depois da redução do pagamento das horas extraordinárias.

Em Junho de 2013, o Bloco de Esquerda questionou o anterior ministro da Saúde sobre o problema da escala de Neurorradiologia de Intervenção no CHLC – Centro Hospital de Lisboa Central, que integra o Hospital de S.José.

Na altura, o gabinete do ministro Paulo Macedo terá reconhecido o problema e respondido esperar que “o constrangimento seja ultrapassado brevemente”.

A 30 de Janeiro de 2015, o Bloco refere que, passado mais de um ano, a situação “não só não foi ultrapassada como se deteriorou”, visto o hospital de São José ter deixado em meados de 2014 de ter equipa de Neurocirurgia Vascular ao fim de semana.

“Desde então, todas as pessoas que dêem entrada nesta unidade hospitalar com aneurisma a partir de sexta-feira às 16:00 terão de aguentar até segunda-feira para tratar do aneurisma“, refere o requerimento do BE.

“Esta é uma situação desadequada do ponto de vista clínico, que pode sujeitar os doentes a consequências graves e irreversíveis”, acrescenta o documento.

A 23 de Março e a 27 de Maio de 2015, o BE apresenta novos requerimentos a alertar que o governo “não responde a grande parte das perguntas endereçadas no prazo regimental de 30 dias, depois de o gabinete do Ministro da Saúde ter dito esperar que o constrangimento estivesse ultrapassado brevemente”.

A 29 de Setembro de 2015, o gabinete do ministro Paulo Macedo responde ao BE, dizendo que, segundo o Conselho de Administração do Hospital de S.José, não houve conhecimento de qualquer queixa ou reclamação relativamente à não realização de cirurgia de embolização precoce.

Na madrugada de 13 para 14 de Dezembro, David Duarte, 29 anos, perdeu a vida no Hospital S.José porque a equipa médica que o poderia salvar recusa trabalhar ao fim-de-semana, porque “implicaria estarem 48 horas sempre disponíveis a um preço inaceitável”.

Após a morte de David Duarte, o Ministério Público abriu inquérito para apurar responsabilidades criminais.

O CHLC – Centro Hospital de Lisboa Central instaurou por seu turno um inquérito interno para averiguar esta e outras mortes imputadas à falta de assistência médica a este tipo de doentes durante o fim de semana.

ZAP

5 Comments

  1. mais uma vez se comprova que este assassino deve ir parar a prisão mais quem lhe dava ordens que pena não ter acontecido a um filho dele muito embora nao tem culpa dos assassinatos que o pai fez que pague na prisão

  2. mais uma vez se comprova que este assassino deve ir parar a prisão mais quem lhe dava ordens que pena não ter acontecido a um filho dele muito embora nao tem culpa dos assassinatos que o pai fez que pague na prisão

    como e que o comentario nesta duplicado?

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