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Incêndios no verão deixam bombeiros em alerta para o inverno

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A falta de vegetação para segurar terras pode levar a inundações nas zonas onde ocorreram os maiores fogos, caso este inverno seja muito chuvoso, alerta o Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais (CEIF).

Xavier Viegas, especialista do CEIF, elogia resposta das autoridades, mas lembra que continua a haver “pouca consciência das pessoas”.

De acordo com o DN, os incêndios destruíram mais de 150 mil hectares em 2016 – e as áreas mais afetadas pelos fogos podem sofrer consequências neste inverno.

Na falta de vegetação para segurar a terra, uma precipitação intensa pode vir a provocar grandes aluimentos e infiltrações nos lençóis de água.

A fase Charlie – a fase mais crítica de incêndios que começou a 1 de julho – terminou este sábado, dia 15 de outubro.

Segundo o relatório provisório do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), os fogos destruíram mais de 150 364 hectares – sendo que a média é de 70 862.

A este valor apenas se aproximou o ano 2013 (149 mil hectares queimados), embora ainda longe de 2003 (400 mil hectares) e 2005 (340 mil).

Em Portugal, foram registados cerca de 15 mil incêndios entre 1 de janeiro e 30 de setembro, sendo que vários fogos ocorreram em agosto, queimando 106 mil hectares de floresta.

Entre as localidade portuguesas, a mais afetada pelos incêndios foi a freguesia de Rossas, no concelho de Arouca, onde o fogo destruiu mais de 26 mil hectares.

“Metade do flagelo já passou, agora vem a segunda parte”, afirmou Rui Silva, presidente da Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários.

“Vamos ter deslizamentos de terras, erosão dos solos. Vêm aí grandes prejuízos ambientais com efeitos prolongados no tempo”, destacou.

O presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares, também prevê um inverno com “situações muito graves”.

BZR, ZAP

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