Às 10h15, Marcelo Rebelo de Sousa e Aníbal Cavaco Silva trocaram de posições, com o novo Presidente da República a passar para o seu lugar à direita do presidente da Assembleia da República.
Perante mais de 500 convidados, depois de quebrar o protocolo à chegada a São Bento, Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse como Presidente da República portuguesa, jurando a Constituição de 1976 numa Assembleia da República decorada com cerca de duas mil rosas com as cores da bandeira nacional.
“Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”.
Todos os presentes na cerimónia se levantaram e aplaudiram, menos os deputados do Bloco de Esquerda, do PCP e do PEV.
Às 10h30, Marcelo Rebelo de Sousa iniciou o seu primeiro discurso como Presidente da República. “Portugal é a razão de ser do compromisso solene que acabo de assumir”, começou.
“Entendo ser estrito dever de justiça – independentemente dos juízos que toda a vivência política suscita – dirigir a Vossa Excelência uma palavra de gratidão pelo empenho que sempre colocou na defesa do interesse nacional – na ótica que se lhe afigurava correta, é certo – mas sacrificando vida pessoal, académica e profissional em indesmentível dedicação ao bem comum”, disse o Presidente Marcelo.
“O Presidente da República é o Presidente de todos. Sem promessas fáceis ou programas que se sabe não pode cumprir, mas com determinação constante. Assumindo, em plenitude, os seus poderes e deveres. Sem querer ser mais do que a Constituição permite. Sem aceitr ser menos do que a Constituição impõe”, afirmou.
A rematar o discurso, o Presidente da República citou Miguel Torga: “Não somos um povo morto“.
Antes do discurso de Marcelo, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, saudou “o civismo democrático” das eleições presidenciais, onde Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito com 2.413.956 votos.
“A partir de hoje, Vossa Excelência, Marcelo Rebelo de Sousa, é o nosso Presidente, o Presidente de todos nós, o Presidente de todos os portugueses.”
Para Ferro, os sucessos de Marcelo “serão os nossos sucessos – os sucessos de Portugal, os sucessos dos portugueses”. “Tem a responsabilidade histórica de ser o homem certo no tempo certo”, sublinhou.
Marcelo chegou a pé à AR
O Presidente da República eleito furou a tradição e chegou à Assembleia da República a pé desde a casa dos pais, na Lapa.
Depois de mais de 500 convidados terem chegado em viaturas oficiais, pela rua de São Bento – do lado esquerdo -, Marcelo provocou uma pequena confusão entre repórteres de imagem e elementos do corpo de segurança e funcionários do Parlamento e do protocolo de Estado ao chegar pela calçada da Estrela, com uma pequena comitiva.
Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se com Ferro Rodrigues no patamar das escadarias principais de São Bento, entrando com o Presidente da Assembleia da República.
O ainda Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, chegou depois, pelas 9h45.
Na cerimónia estão presentes figuras como o Rei Felipe VI de Espanha, o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Todos os candidatos presidenciais foram convocados para a cerimónia da tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa, mas apenas Sampaio da Nóvoa, Paulo Morais, Vitorino Silva (“Tino de Rans“) e Jorge Sequeira estavam presentes na galeria do Parlamento. Faltaram, assim, Maria de Belém (PS), Marisa Matias (BE), Edgar Silva (PCP), Cândido Ferreira e Henrique Neto.
ZAP
“…na ótica que se lhe afigurava correta…” ou seja, o novo presidente teria, assim, dito que o anterior presidente teria actuado conforme o que – OUVIA!
Óptica (olhos) e ótica (ouvidos) não são abrangidas pela imbecil norma do pseudo-acordo ortográfico.
Mas, apenas mais uma evidência da iliteracia dos analfabetos que “escrevinham” estas “notícias”!
Caro Miguel,
Não somos imunes a erros na aplicação do novo acordo, mas neste caso a grafia “ótica” está correta. Recomendo-lhe que consulte o dicionário Priberam (http://www.priberam.pt/dlpo/%C3%B3tica), o conversor do Acordo Ortográfico (http://www.portoeditora.pt/acordo-ortografico/conversor-texto/) ou até mesmo o documento oficial (www.portoeditora.pt/assets/acordoortografico/AO-1990.pdf).
nunca se deve rejeitar um presidente da republica eleito e ainda por cima com uma maioria absoluta lá porque não votamos nele.
a democracia é mesmo assim, e estou desapontada com pcp, bloco esquerda e pev porque foi na marisa que votei e hoje ao ver que não aceita o presidente que deve ser de todos os portugueses, não a considero democrata. Assim como alguns candidatos a presidente que não estiveram na posse … gente como estas não fazem falta a Portugal.
Concordo integralmente e como pessoa de esquerda que sou,
enoja-me esse tipo de gentinha que me envergonha…
que radicaliza tudo que não é do seu agrado e ainda se afirmam democratas…
A Marisa já devia devia estar tapada com faltas no Parlamento Europeu…
Esses (as) candidatos (as) que faltaram à tomada de posse, são, não só maus ou más perdedores (as), mas pior do que isso. São simplesmente, pessoas sem carácter!
Digo eu, que sou apolítico!
O partido comunista, o pev e bloco de esquerda ao não se levantarem perante o presidente eleito demonstraram que votar neles é votar em gente sem escrúpulos. A Marisa e os restantes ausentes deviam ter vergonha, mas esta é uma palavra que não conhecem. Continuam a desprezar o povo português. Canalhada.
Espero que sua Excelência Prof Dr Marcelo Rebelo de Sousa,
Desejo que tudo lhe corra pelo melhor, tenho esperança que de
o nosso Portugal vai deixar de ser o Pais triste, órfão, pois o monge que agora saiu, não teve arte, jogo de cintura e engenho para ser a balança politica que o Pais necessitava, só complicou, EM TUDO.
Graças a Deus necessitamos dinâmica, capacidade de visão transversal ao nível global.
Peço ao nosso Presidente para ter capacidades de dar orientação aos Governo(s) de Portugal uma outra de filosofia de análise politica e económica virada para o MAR e AFRICA é aqui que está o nosso ADN, podem dar muitas voltas, mas vão acabar por se cansar e ficar nestas duas vertentes.
Estas duas indicações fazem parte do nosso ser, querer, paixão e acaba por ser como duas infraestruturas que têm que ser sempre mantidas e para que haja sustentabilidade…
– E já agora, não se esqueçam nunca dos Portugueses que estão neste continente, que muitas dificuldades têm para tudo e até para poder votar o nosso presidente.
Portanto Senhor Presidente Prof Dr Marcelo Rebelo de Sousa, muitos parabéns e coragem para si e para a nossa bonita nação com uma rica história. _ José Carneiro