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Os Aborígenes foram mesmo os primeiros habitantes da Austrália

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Uma nova análise a restos de esqueletos do Homem do Mungo, que habitou uma zona remota da Austrália há 40 mil anos, confirmou que os aborígenes foram os primeiros habitantes do país.

O estudo, publicado esta semana na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, refuta outra investigação de 2001, que indicava que os restos do Homem do Mungo, os mais antigos encontrados no país, provinham de uma linhagem extinta de seres humanos que ocuparam a Austrália antes dos aborígenes.

“Agora podemos, com uma melhor tecnologia, repetir o que o estudo original descobriu e assim provar que a evidência de que os aborígenes não foram os primeiros australianos não tinha fundamento”, disse o autor do estudo, David Lambert, da Universidade Griffith, na Austrália.

O estudo anterior, realizado por uma equipa liderada por Greg Adcock, da Universidade Nacional Australiana, tinha analisado o ADN dos restos fósseis do Homem do Mungo, um caçador-recoletor que viveu na região dos lagos de Willandra, numa zona remota do oeste do estado de Nova Gales do Sul.

Na altura, concluiu-se que os povos aborígenes não tinham sido os primeiros povos a habitar a Austrália, e que o Homem do Mungo representava uma linhagem extinta dos humanos modernos que ocuparam o continente antes dos Australianos Aborígenes.

Agora, com novos métodos de sequenciamento do genoma, os cientistas do Centro de Investigação da Evolução Humana (RCHE) da Universidade Griffith reanalisaram os vestígios do Homem do Mungo encontrados no sítio arqueológico da região de Willandra Lakes, no extremo ocidental de New South Wales.

David Lambert explica que “as amostras que reanalisamos continham sequências de cinco povos europeus diferentes, sugerindo que estavam contaminadas”.

O debate na Austrália sobre as origens dos primeiros australianos remonta à publicação, em 1863, da obra “Man’s Place in Nature”, de Thomas Henry Huxley.

ZAP / Lusa

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