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Acusada de ter ligações à China, Zoom processada por esconder falhas de privacidade

Zoom

A Zoom está a ser processada por exagerar o nível de segurança e privacidade. As conversas das videoconferências estavam a ser processadas em centros de dados chineses.

A Zoom é uma empresa americana de serviços de videoconferência que tem sido um fenómeno nos últimos tempos, muito graças ao estado de emergência e isolamento social, que obrigam as pessoas a trabalhar e comunicar à distância. Atualmente, a Zoom é uma das aplicações mais descarregadas na App Store e Google Play Store.

O marketing da empresa garante que a ferramenta é totalmente segura e oferece encriptação ponta-a-ponta, que protege as conversas contra terceiros. No entanto, o portal The Intercept descobriu que a empresa não tem este tipo de encriptação e acusa-a de enganar as pessoas.

Um porta-voz da empresa confirmou que a aplicação não tem esse tipo de segurança, mas nega estar a enganar os utilizadores. Segundo a Shifter, a Zoom tem uma vulnerabilidade que permite, através da partilha de links no chat, o acesso indevido ao nome e password de login do computador de outra pessoa.

O Público escreve, esta quinta-feira, que a empresa está a ser processada por um dos acionistas por exagerar o nível de segurança e privacidade que realmente tem.

“Como se tornou evidente numa série de relatórios e admissões da empresa, o Zoom exagerou significativamente o nível de encriptação de serviço, levando organizações a proibir trabalhadores de usar o Zoom para o seu emprego, e as ações da empresa a cair em pico, prejudicando os investidores”, lê-se na ação judicial apresentada esta terça-feira.

Um laboratório de investigação da Universidade de Toronto alertou ainda para o facto de as conversas estarem a ser processadas em centros de dados chineses, independentemente da localização do utilizador. Em resposta, a empresa justifica que o fez “acidentalmente” de forma a lidar com o aumento de tráfego nos últimos tempos.

Nos últimos três messes, a ferramenta passou de 10 milhões para 200 milhões de utilizadores. “Nas últimas semanas, gerir o aumento no fluxo de utilizadores tem sido uma enorme tarefa e o nosso único foco. No entanto, reconhecemos que não cumprimos as expectativas de privacidade e segurança da nossa comunidade”, admitiu o CEO da Zoom, Eric Yuan.

ZAP //

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