Não se assuste se vir aquilo que parecem ser mãos de um zombie a sair do meio da terra quando caminhar numa floresta. Provavelmente é só um fungo dedo-de-bruxa.
Existem criaturas verdadeiramente assustadoras na natureza, como alguns peixes que vivem em águas profundas. Outros organismos metem medo por causa das associações criadas pela nossa própria mente, como o fungo dedo-de-bruxa (Xylaria polymorpha), que mais se parece com as mãos de um zombie a sair do chão.
Dependendo do formato desta espécie de fungo, de onde ele cresce e do ângulo em que é vista, é muito difícil não ver uma mão a tentar sair da sua cova clandestina, no meio de uma floresta igualmente sinistra.
O dedo-de-bruxa pode medir entre 2,5 cm e 10 cm. O curioso é que diferente de outras espécies de fungos, como os populares cogumelos, a estrutura dele é bastante rígida, o que ajuda a solidificar ainda mais a imagem de dedos a emergir.
“Dedos de zombie” em busca de liberdade
O habitat ideal para esta espécie de fungo é a serapilheira, ou seja, a camada de folhas, galhos, casca de madeira e outros materiais orgânicos em decomposição. Isto faz dele um organismo saprotrófico.
Quando o dedo-de-bruxa emerge dessa “matéria morta”, rica em nutrientes para o desenvolvimento, a coloração normal é próxima do azul claro, com as pontas mais esbranquiçadas. Depois, vai escurecendo, ficando quase preto, em “avançado estado de decomposição”.
Fungo dedo-de-bruxa volta à vida?
Enquanto cresce na superfície, o fungo também se expande para baixo, com o desenvolvimento de filamentos fúngicos conhecidos como hifas (algo próximo de uma raiz de árvore). Estas estruturas quase invisíveis podem conferir um poder próximo da imortalidade.
Em alguns casos, os fungos do gênero Xylaria podem sobreviver apenas como hifas, presas nas raízes de árvores, por até 10 anos. Neste período, o dedo-de-bruxa vai “brotar” no momento mais oportuno, como se voltasse à vida, assim como acontece com os zombies na ficção.
Por isso, vale o conselho de não plantar árvores ou arbustos num local onde esses “dedos” já foram observados. Afinal, eles podem “voltar à vida”, mesmo se acreditar que foram eliminados.
// CanalTech
Faltou dizer se este fungo tem algum malefício para os humanos ou mesmo para árvores que sejam “contaminadas” pelo fungo, mas o artigo é interessante