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Von der Leyen admite discutir vacina obrigatória na UE. Doses para crianças chegam dia 13

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John Thys / EPA

Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

A presidente da Comissão Europeia admitiu hoje um debate na União Europeia sobre vacinação obrigatória, quando 150 milhões de pessoas não estão vacinadas e já mais de cinco milhões morreram devido à doença. As vacinas para crianças chegam à UE a 13 de dezembro.

“Primeiro que tudo, esta é uma competência dos Estados-membros, portanto, não me cabe a mim dar qualquer tipo de recomendação, mas se me perguntam qual é a minha posição pessoal, eu há dois ou três anos nunca teria pensado ver o que vemos neste momento em que temos esta horrível pandemia”, afirmou a líder do executivo comunitário.

Falando em conferência de imprensa, em Bruxelas, no dia em que a instituição apresentou uma comunicação para coordenação na UE face à altamente mutante Ómicron, a responsável salientou que “temos as vacinas, as vacinas que salvam vidas, mas não estão a ser usadas adequadamente”.

Aludindo aos dados mais atuais, Ursula von der Leyen referiu que 77% dos adultos na UE e 66% da população total do espaço comunitário tem a vacinação completa, o que significa que “um terço da população europeia não está vacinada, o equivalente a 150 milhões de pessoas”.

Isto é muito e nem todos podem ser vacinados – como crianças muito pequenas, por exemplo, ou pessoas com condições médicas especiais –, mas a grande maioria poderia e, portanto, penso que é compreensível e apropriado liderar esta discussão agora, de como podemos encorajar e pensar potencialmente na vacinação obrigatória dentro da UE”, assinalou a presidente da Comissão Europeia.

“Isto precisa de uma abordagem comum, mas, insistiu Ursula von der Leyen, “esta é uma discussão que eu penso que tem de ser conduzida”, aludindo ao “enorme custo para a saúde” da covid-19.

Ainda falando à imprensa, a responsável indicou que a UE já passou a barreira dos 250 milhões de casos de infeção e das cinco milhões de mortes devido à doença, causada pelo SARS-CoV-2.

Ursula von der Leyen falou num “cenário já bastante difícil” dificultado pela variante Ómicron, adiantando que esta é uma “guerra contra o tempo”.

A Comissão Europeia pediu hoje aos Estados-membros da UE para avançarem com “restrições específicas” e às viagens de zonas arriscadas para conter a variante Ómicron, solicitando ainda campanhas para os não vacinados e doses de reforço.

Numa comunicação hoje publicada, a Comissão Europeia exorta os Estados-membros a “intensificar a vacinação, à rápida administração de reforços, à vigilância e à reação rápida face à variante Ómicron”.

“O aumento em casos de doença grave, especialmente entre os não vacinados, resultou numa enorme pressão sobre os hospitais e sobre o pessoal de saúde já sobrecarregado”, retrata o executivo comunitário.

Os países devem, também, “aplicar rapidamente doses de reforço para manter níveis fortes de proteção contra o vírus, incluindo a variante Ómicron, a começar pelos grupos mais vulneráveis”, bem como “pôr em prática precauções e restrições específicas e proporcionadas para limitar a propagação do vírus”, argumenta Bruxelas.

Dados divulgados na terça-feira revelam que já existem 44 casos da variante Ómicron na UE, todos com historial de viagem para países da África Austral.

Vacinas para crianças na UE a 13 de dezembro

As vacinas anticovid-19 para crianças dos 5 aos 11 anos, do consórcio farmacêutico BioNTech/Pfizer, chegam à União Europeia (UE) a 13 de dezembro, anunciou também esta quarta-feira a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

“Falei com a BioNTech/Pfizer sobre as vacinas para crianças e, desde esta terça-feira, há boas notícias: eles são capazes de acelerar e isto quer dizer que as vacinas para crianças estarão disponíveis a partir de 13 de dezembro”, declarou a responsável, falando em conferência de imprensa, em Bruxelas.

O regulador europeu – a Agência Europeia de Medicamentos – recomendou, na semana passada, a administração da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech a crianças desta faixa etária, a que se seguiu o anúncio da Comissão Europeia de compra de doses.

Esta é a primeira vacina aprovada na UE para crianças dos 5 aos 11 anos, numa altura em que se verificam aumentos de casos nestas idades e quando os Estados Unidos já a administram.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde deverá emitir uma recomendação esta semana, após receber um parecer da comissão técnica de vacinação.

Relativamente à vacinação das crianças, a Sociedade Portuguesa de Pediatria considerou, na semana passada, que as vacinas contra a covid-19 são seguras no grupo etário dos 5 aos 11 anos, mas defendeu que a decisão de vacinar deve ter em conta outros dados, como a prevalência da infeção nas crianças.

Já na passada quinta-feira, o primeiro-ministro disse que caso a inoculação venha a ter o aval da comissão técnica de vacinação, as vacinas chegam a Portugal a partir de 20 de dezembro.

António Costa adiantou que o Governo já tem o fornecimento de vacinas pediátricas contratualizado com a farmacêutica Pfizer e que garante a cobertura das mais de 600 mil crianças nesta faixa etária.

ZAP // Lusa

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10 Comments

  1. A historia vai julgar estas pessoas. Quem diria que estamos a falar de um vírus com 99% de sobrevivência, mas de medidas que vão danificar a vida, economia e saúde a 95% das pessoas nos próximos 10 anos (Excluindo os super ricos).

  2. Mentiras e mais mentiras.
    5 milhões de mortes são em todo o mundo… e sabe-se lá quantas foram forjadas, uma vez que no inicio qualquer pessoa que falecesse era de Covid

    A vacina não protege da transmissão, não imuniza os vacinados (que acabam também infectados, como se não a tomassem). Para quê dar estas vacinas experimentais em crianças quando o único beneficio que ela tem é evitar casos mais graves da doença?
    Toda a gente sabe que as crianças não morrem de Covid, apenas as que tem problemas graves.

    Já alguém foi ver quanto as farmacêuticas já arrecadaram com esta vacina experimental?
    Já alguém se debruçou sobre o facto da vacina ajudar ao aparecimento de novas variantes mais resistentes?

    Quanta liberdade vamos ter que perder ainda mais?

    p.s. e mais um erro nas contas, a Europa tem 750 milhões de habitantes, portanto 150 milhões nao sao um terço

    • No meio dos demais disparates e teorias (que nem vale a pena comentar), ao ler o artigo, qualquer pessoa minimamente instruída perceberá que se refere à UE – e não à Europa!…
      A EU tem cerca de 450.000.000 de habitantes.

  3. Omicron, a oportunidade de as farmacêuticas despacharem as “vacinas” que andam a vender, que mataram tanta gente e criarem uma nova fórmula “eficaz” contra as “novas variantes” , perpetuando o negócio-

  4. Números alemães: fora dos grupos de risco têm 10 mortos com covid por milhao de habitantes, com covid não de covid.
    Números Ingleses: mortes após vacina, 32 por milhao de habitantes, não significa que seja da vacina mas não fazem as autopsias necessárias para se perceber.

    E ninguém fala disto porquê?

  5. Onde se lê “temos as vacinas, as vacinas que salvam vidas, mas não estão a ser usadas adequadamente”, deveria ler-se “temos as vacinas, as vacinas que salvam vidas, mas não estão a ser usadas adequadamente porque são experimentais, e se desconhecem os seus efeitos nocivos a médio e longo prazo, razão pela qual as farmacêuticas só aceitam produzí-las porque foram isentadas de toda e qualquer responsabilidade legal originada por danos e/ou mortes resultantes em vacinados com as suas vacinas.”

  6. Além de todos os argumentos atrás, há ainda outro: o jurídico. Obrigatória a vacinação? Mas a Senhora está louca? A Senhora Presidente da Comissão sabe ao menos quais são as competências legais da UE? Mesmo que a união tivesse um escopo federativo, não poderia sobrepor-se às constituições estaduais. Muito menos, o poderá quando a UE é uma mera união de Estados em que poucas são as áreas geridas supranacionalmente. A da saúde, por exemplo, não é uma delas. A Senhora só pode estar a sofrer de algum efeito secundário dos mRNA das vacinas….

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