Autoridade da Concorrência não permite que a Vodafone compre a Nowo; iria mexer com os preços em alguns concelhos.
A Vodafone Portugal celebrou um acordo para a compra da empresa Cabonitel, proprietária da Nowo; isto ainda em Setembro de 2022.
A operação estaria concluída até Junho de 2023 mas, no início de 2024, o negócio ainda não está feito – e foi agora chumbado pela Autoridade da Concorrência (AdC).
De acordo com o Jornal de Negócios, a AdC chumbou nesta quarta-feira a compra da Nowo pela Vodafone.
O motivo principal para esta rejeição é o denominado “efeito Nowo”.
O jornal explica que o “efeito Nowo” é a consequência que a pequena operadora traz para os concelhos onde chega: como apresenta preços mais baixos, baixa os valores das mensalidades em todos os operadores (concorrência).
A Vodafone ainda tentou apresentar uma alternativa: acesso à sua rede de fibra ótica e devolver à ANACOM o espectro adquirido pela Nowo no leilão 5G.
Para a AdC, isto não chega.
Há dois caminhos para a Vodafone: apresentar outras medidas ou desistir da compra da Nowo.
A Autoridade da Concorrência está a investigar este assunto, de forma profunda, há quase um ano.
Desde o início considera que a compra da Nowo pela Vodafone poderia trazer “entraves significativos à concorrência efectiva no mercado nacional ou em parte substancial deste, prejudicando os consumidores”. Desde o início a Vodafone não concorda com esta análise.
É o capitalismo selvagem que vivemos. Até se servem do ambiente para lucrarem cada vez mais. Tudo uma fraude.