Não tomar medicamentos para cavalos parece ser uma coisa óbvia, mas pelos vistos não é. Apesar dos alertas dos médicos, muitos negacionistas estão a tomar um desparasitante para animais para se protegerem contra a covid-19.
Depois da hidroxicloroquina – um medicamento usado no tratamento da malária que se popularizou entre os doentes covid depois das recomendações de Donald Trump e Jair Bolsonaro -, há um novo fármaco que está a ser tomado para tratar o coronavírus contra as recomendações dos médicos.
A Ivermectina é um nome familiar para quem tem cavalos ou vacas, já que é usado como um desparasitante para animais. No entanto, isso não tem parado a corrida à compra por supostamente ser um tratamento alternativo à vacinação e eficaz contra a covid-19.
Nos Estados Unidos, os fornecedores de produtos para animal estão sem stock do medicamento e a Amazon vai pelo mesmo caminho. O Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças também publicou dados que mostram que as pessoas estão a conseguir o medicamento com receitas médicas. Antes da pandemia, a média eram 3600 receitas por semana, em meados de Agosto, já eram 88 mil.
Já doze lojas no Oklahoma relevaram ao canal de notícias KFOR que não têm forma de reabastecer o produto e que até já colocaram sinais a dizer “por favor, não comam”. “A Ivermectina esgota-se horas depois do envio. Já não recebemos envios há duas semanas. Acho que é porque as pessoas estão a consumir“, afirma uma das lojas.
Em Memphis, a situação é semelhante, com as prateleiras cheias nas lojas, à excepção da Ivermectina. “São estão a enviar um certo valor por loja, suponho eu, e quando encomendo normalmente, não estou a receber. Perguntei à minha representante o que se passava e ela disse que toda a gente quer para a covid, por isso estão a reparti-la”, afirma Heather Lewis, dona de uma loja, à imprensa local.
A Modern Pet Food, no Texas, conta à ABC 13 que normalmente vendem 10 pacotes do remédio por mês, mas que esse valor disparou para “entre 50 a 100” nos últimos tempos. “Vimos um crescimento enorme nas vendas”, afirma Trace Menchaca, dono da loja.
Uma estação de televisão local em Las Vegas também conta a história de uma loja onde aparecem pessoas a dizer que estão no “plano Ivermectin”, apesar do sinal pendurado a alertar para “não ingerirem”.
A funcionária do estabelecimento, Shelly Smith, explica que um cliente lhe disse que tem tomado a Ivermectina e que o único efeito secundário que tem sentido é “não conseguir ver de manhã”. Para controlar as compras em massa, a loja passou agora a exigir uma fotografia do cliente com o seu cavalo para vender o desparasitante.
“Não quero que as pessoas tomem um desparasitante para cavalos porque é um desparasitante para cavalos. Precisam de me provar de que têm um cavalo para vender este produto, porque não o devem tomar. Isto não é para humanos“, afirma Smith.
E não é mesmo. A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) já veio a público recomendar que as pessoas parem de tomar a Ivermectina, que só está aprovada para tratamento em humanos em doses muito diferentes das usadas para animais e só em casos específicos de vermes parasitas, de piolhos na cabeça ou para tratar a rosácea.
A FDA também não aprovou a Ivermectina no tratamento da covid-19 e o remédio não é anti-viral – ou seja, não cura vírus. “Vocês não são cavalos. Vocês não são vacas. A sério, malta. Parem”, escreveu a entidade no Twitter.
Um estudo de Março testou o uso do medicamento em casos ligeiros de covid-19 e concluiu que não houve qualquer benefício. A ingestão pode também causar tonturas, problemas no ritmo cardíaco e reduzir a pressão arterial.
Os negacionistas afirmam que o remédio evita a infecção, mas mesmo que esse fosse o caso, a dose necessária seria tóxica, visto que as versões usadas em animais são muito mais concentradas do que as adequadas para o uso humano.
Apesar dos avisos dos especialistas, o Senador Republicano Rand Paul tem-se juntado à conspiração. Um processo em tribunal no estado do Ohio também acabou com uma ordem do juiz que vai obrigar um hospital a receitar a Ivermectina a um doente com covid de 51 anos, que está a batalhar contra a doença desde Julho
O pedido foi feito pela mulher do paciente. Há também processos semelhantes abertos em Chicago e Nova Iorque que querem obrigar os hospitais a dar o medicamento.
Nda contra o tratamento negacionista.Merecem ser tratados como cavalos.
Pensam que eu sou parvo?!? Acreditar num estudo com milhares e milhares de ensaios e testes durante meses, fiscalizados por diversas entidades em montes de países diferentes?!??! Pois se a minha vizinha do primeiro direito diz que é tudo mentira…!
O que eu não entendo é porque é que m pensa diferente em qualquer coisa que seja sobre o covid é apelidado de negacionista !!!
Negacionismo (negação) é negar algo, como por exemplo negar a existência de um vírus.
Não é certamente o negacionista que não acredita no vírus que vai tomar um desparasitante para o vírus que ele não acredita!
O problema de colocar todos no mesmo saco é que alguém que é contra as medidas ou tem uma ideia diferente de como lidar com o vírus é colocado neste saco e as suas ideas ou opiniões são perdidas no meio destas parvoíces!
Se tiverem paciência para procurar verão que existem mais de 60 trabalhos científicos, comprovando a eficiência da Invermectina no auxilio ao tratamento para o COVID19. Negacionismo e deixar as pessoas morrerem sem tratamento.
Quem não acreditar que não tome, porem deixem as pessoas terem a liberdade de escolherem.
O tratamento dos doentes é muito interessante e importante. Mas:
As pessoas só morrem depois de adoecerem.
As pessoas só adoecem porque não estão vacinadas.
Portanto:
As pessoas só não se vacinam porque são parvas.
NOTA IMPORTANTE (porque há para aí umas bestas que):
SIM EU SEI. Há excepções. Há gente vacinada que adoece. Mas acontece que essas excepções não anulam o principal. E o principal é: Os vacinados adoecem MUITO menos.
Se um homem carrega um saco de cimento e outro carrega um pacotinho de açucar, eu digo: O que carrega o pacotinho vai muito mais leve. Mas há-de haver sempre um negacionista, a pensar que é muito esperto, que diz que quem leva o pacotinho também carrega peso, e portanto (!!!!) não há diferença nenhuma.
Há diferença, há. O que não há é pachorra.
Israel, um dos países mais vacinados do mundo, tem assistido a um aumento galopante do número de infetados, e já andam a dar 3ª doses em massa.
Um estudo português comprovou que após 6 meses os anticorpos da vacina caem a pique.
Está comprovado que a variante delta – a mais difundida de momento – é resistente às vacinas.
Mas claro que é reconfortante acreditar que as vacinas são mesmo eficazes e que tudo se vai resolver, se ao menos o raio dos negacionistas levaram a pica!
“aumento galopante do número de infectados”? Ui! que medo, já fiquei assustado!
A sério: Que espécie de informação é esta? Adjectivos?!?
Não. Não quero adjectivos. Quero números. E quero comparações de resultados *numéricos* obtidos em populações com comportamentos diferentes. E quanto menos adjectivos, melhor.
Vou exemplificar com algumas perguntas simples de entender e cuja resposta seria bastante esclarecedora:
1- O número de casos aumenta mais depressa em populações vacinadas, ou em populações não vacinadas? Qual é a diferença numérica?
2- Como se compara a gravidade da doença e o número de óbitos ocorrido em polulações vacinadas e em populações não vacinadas?
3- Como se traduz numericamente a frase “a variante delta é resistente às vacinas”? Quão resistente é em comparação com as variantes anteriores? Mais dez por cento? Vinte? Cem? É totalmente resistente?
Quanto a os anticorpos cairem a pique: Isso é normal, não é? O que importa é saber se a capacidade do corpo produzir anticorpos caso seja necessário se reduz, e quanto.
Dizer que os anticorpos caem a pique vale tanto como dizer que um carro que ontem se deslocava em emergência a duzentos na autoestrada agora está ali parado. Sim, está parado, mas o que importa é saber se quando for preciso consegue voltar a andar a duzentos ou, se não, a quantos.
NOTA:
É verdade, eu peço números mas não os dou. Não dou porque não tenho, mas o essencial é o método: A decisão deve ser orientada por números.
Gostei muito do seu comentário. Pede números e no entanto fala sem números… Os números que pediu são perfeitamente razoaveis, junte a esses o número de mortes por doença desde 2016, para afinal vermos quem é que morre do quê. Três perguntas: Tinha números isentos para justificar a sua decisão em tomar a vacina? Não, não tinha. Acha normal não ter esses números? Eu não acho. Tantas noticias, tantos comentadores, tantos indicadores, mas dados sérios… muito dificil!
Deixem lá o pessoal tomar o remédio dos cavalos. Pode ser que lhes faça bem e fica mais barato ao estado que a vacina…desde que neguem a ida para os hospitais públicos quando “convidarem”.
Porque razão o meu comentário a esta noticia não foi publicado?… provavelmente erro. Não quero acreditar que tenha sido censurado…
O pessoal anda mesmo muito desnorteado com esta crise, já muito exacerbada não tanto pelos negacionistas, mas mais pelos que que se julgam os donos da verdade!
O impacto do Covid tem sido importante, mas não tanto pelos impactos da doença mas muito mais pelo das medidas impostas.
Há um conjunto de doenças que matam mais e tem efeitos mais devastadores do que esta pandemia.
Por cada morte de Covid há em média mais de 90 e tal mortes por outras causas!
Mas só se fala nisto! Mas o numero de mortes destas outras doenças, disparou, mas isso não interessa, acho que deve ser porque não vende como o Covid!
Mas estes factos, da ciência pura, já nada interessam aos alarmistas que querem impôr aos demais as suas vontades, mesmo contra os direitos mais elementares, a lògica, a ciência e o bom senso !