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Viver eternamente? Afinal, não há limite teórico para a vida humana

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Um novo estudo aponta que os humanos podem provavelmente viver até aos 130 anos, mas tecnicamente não há um limite máximo para a duração da vida humana.

Viver para sempre pode, afinal, não ser só coisa só de filme, músicas dos Oasis ou de vampiros. De acordo com um novo estudo publicado em Setembro na Royal Society Open Science Journal, não há um limite teórico máximo para a vida humana.

Já há muito que a comunidade científica debate qual é o limite máximo que os humanos podem viver, com alguns a apontar para os 150 anos e outros e dizer que não há uma idade máxima teórica.

A nova investigação aponta que os humanos podem provavelmente viver até pelo menos aos 130 anos, mas extrapolando as conclusões, podemos assumir que “não há um limite para a duração da vida humana, escreve a AFP.

Apesar disto, as probabilidades de se chegar a uma idade tão avançada continuam muito baixas. Os resultados são semelhantes a outras análises estatísticas aos mais idosos, “mas este estudo fortalece essas conclusões e fá-las mais precisas porque há agora mais dados disponíveis”, afirma Anthony Davidson, professor de estatística e líder do estudo.

O estudo analisou também dados sobre supercentenários – pessoas com 110 ou mais anos – e semi-supercentenários, que têm 105 ou mais anos. Apesar do risco de morte geralmente aumentar com a idade, as conclusões mostram que esse risco eventualmente torna-se plano e fica constante entre aproximadamente 50-50.

“Além dos 110 anos, uma pessoa pode encarar viver mais um ano quase como lançar uma moeda ao ar. Se for cara, então vive-se até ao próximo aniversário, e se não for, então vai-se morrer a certa altura no próximo ano”, explica Anthony Davison.

O primeiro banco de dados que a equipa estudou são os recém publicados materiais da Base de Dados Internacional na Longevidade, que abrange mais de 1100 supercentenários de 13 países. Já o segundo é de cada pessoa em Itália que tinha pelo menos 105 anos entre Janeiro de 2009 e Dezembro de 2015.

Foi necessário fazer uma generalização a partir dos dados usados, mas Davison refere que “qualquer estudo da idade avançada extrema, seja estatístico ou biológico, vai exigir a extrapolação”.

Apesar de teoricamente podermos viver até mais de 130 anos, a probabilidade de cada um de nós chegar a essa idade continua muito, muito pequena, já que a análise se baseou apenas em pessoas que já alcançaram o feito raro de viver bem além dos 100 anos.

Mesmo para as pessoas com 110 anos, a probabilidade de se viver mais 20 anos é de “uma num milhão”, segundo Davison. No entanto, o investigador acredita que as probabilidades vão aumentar ao longo do século, com mais pessoas a chegar aos 130 anos.

Até agora, a pessoa que viveu mais tempo foi uma francesa chamada Jeanne Calmente, que morreu em 1997 aos 122 anos. Actualmente, a pessoa mais velha ainda viva é a japonesa Kane Tanaka, com 118 anos.

Adriana Peixoto, ZAP //

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