Tramada pelo ADN. Viúva do triatleta queria assumir amante e o seguro de vida

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António Pedro Santos / Lusa

Rosa Grilo (D), mulher e suspeita no envolvimento na morte do triatleta Luís Grilo, à chegada ao Tribunal

Razões “sentimentais e financeiras” levaram Rosa Grilo e o seu alegado amante, um oficial de justiça, a matar o triatleta Luís Grilo. A mulher terá alterado o seguro de vida, para ficar com a casa paga e um valor avultado, dois dias antes de alegadamente assassinar o marido em cumplicidade com o amante.

Estes dados são reportados pelo Jornal de Notícias depois de a Polícia Judiciária (PJ) ter anunciado que o assassinato de Luís Grilo foi motivado por razões “sentimentais e financeiras”.

Essa ideia é reforçada com os dados recolhidos pelo JN que avança que Rosa Grilo terá alterado o seguro de vida dois dias antes da morte do marido, de modo a ficar com a casa paga ao banco e para receber ainda uma quantia avultada.

Rosa Grilo e o alegado amante, António Félix Joaquim, um oficial de justiça, foram detidos nesta quinta-feira, sob suspeitas de homicídio qualificado.

A PJ apreendeu na casa de António Félix Joaquim a arma com que Luís Grilo terá sido morto na sua própria casa, em Cachoeiras, Alenquer. O seu corpo foi encontrado a mais de 100 quilómetros de casa, em Avis.

O JN repara que Rosa Grilo, de 43 anos, e o alegado amante, de 42 anos, queriam assumir a relação e garantir também o dinheiro do seguro de vida, o que os terá levado a matar o triatleta.

A viúva foi encarada como suspeita desde o início da investigação da PJ que cedo terá descoberto o alegado caso extra-conjugal.

Quando o corpo de Luís Grilo, um engenheiro informático de 50 anos, foi encontrado, o Laboratório de Polícia Científica conseguiu ligar Rosa Grilo ao crime, com a descoberta de vestígios de ADN no saco de plástico que cobria a cabeça do falecido, como reporta o Correio da Manhã (CM).

A PJ também encontrou vestígios de sangue no quarto do casal, na moradia onde viviam. Além disso, o tapete onde Luís Grilo foi encontrado morto, seria idêntico a um conjunto de tapetes do quarto do casal, refere o CM.

“Luís terá sido atacado na cama, à traição, enquanto dormia“, com “uma pancada na cabeça” e “uma almofada a cobrir o rosto”, “para abafar o som e conter o espirro de sangue da vítima”, relata o CM, notando que a PJ suspeita que foi o amante de Rosa Grilo quem lhe deu “um tiro na cabeça, à queima-roupa“.

Os dois suspeitos são ouvidos, nesta sexta-feira, no Tribunal de Vila Franca de Xira, estando indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver e detenção de arma proibida.

Rosa Grilo e Luís Grilo são pais de um jovem de 12 anos, e António Félix Joaquim é casado e tem dois filhos menores.

ZAP //

5 Comments

  1. Que burros, usam uma arma registada em nome do amante, deixam ADN na cena do crime, mudam o seguro uns dias antes, seria melhor terem colocado a confissão no jornal.

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